Projeto de musicalização nas escolas introduz crianças ao mundo artístico
Objetivo da Fundação Cultural de Brusque é passar por vários educandários durante o ano
Objetivo da Fundação Cultural de Brusque é passar por vários educandários durante o ano
A Fundação Cultural de Brusque em parceria com as escolas municipais realiza o projeto Musicalização nas Escolas. A ideia surgiu com o intuito de “descentralizar as aulas de música da Fundação Cultural e expandi-las para os bairros”, explica o professor de música, Fernando Dácio.
A diretora da Fundação Cultural, Daniela Rezini Gonçalves de Oliveira, afirma que o projeto foi criado devido a pedidos de escolas que queriam um envolvimento melhor com a cultura. “O projeto Integração Cultural compreende os cursos e demais formações artísticas e culturais da fundação, dentro dele temos os projetos especiais como jogos de cantiga, teoria musical, música no hospital, recreio cultural, ensaio livre, e dentro desses tem a musicalização”.
O primeiro educandário a ser contemplado com o projeto foi a Escola de Ensino Fundamental do Rio Branco. Inicialmente seriam duas turmas, uma no período da manhã e outra a tarde. No entanto, devido a procura foram criadas novas turmas. “Hoje nós estamos atendendo duas turmas no matutino e duas no vespertino, com um total de 30 alunos”.
Segundo o professor, na primeira aula ele estuda como é a turma para descobrir se há maior tendência para cantores ou para trabalhos com ritmos. “Com a turma da tarde estou desenvolvendo atividades mais rítmicas com instrumentos de percussão, com a outra turma já é mais puxado para o canto. Depende da turma, não tem sistema fixo”, ressalta.
Segundo o professor, as práticas na escola encerrarão com uma apresentação para escola, na qual as crianças mostrarão o que aprenderam. “É um projeto a curto prazo, a gente ensaia uma apresentação durante dois meses, umas oito aulas mais ou menos e eles se apresentam na escola”, explica Fernando.
O projeto não tem custo para os interessados, é destinado para crianças entre 8 e 12 anos e as aulas acontecem uma vez por semana durante o contraturno escolar. No entanto, Daniela afirma que “nem sempre será possível realizar no contraturno”.
Ela explica que o projeto acontece nas escolas públicas municipais e nos centros de educação infantil, na forma de circuito de oficinas itinerantes. Ela também ressalta que os locais que recebem o projeto “são escolas que não tem contato com projetos culturais, e que sentem necessidade de estar mais presente nesse lado cultural”.
De acordo com a diretora da Fundação Cultural, foi realizado um mapeamento nas escolas que haviam solicitado o projeto para escolher as que receberão as aulas. “Antes era feito só em uma escola durante o ano todo e as outras escolas ficavam sem. Estamos tentando fazer de uma forma para atender todas as escolas, não sei se vai dar tempo no ano, mas a gente pretende atingir o maior número de escolas possíveis”, revela.
Visão positiva
O professor acredita que os alunos aprovam o projeto. “Eu vejo eles treinando pelos corredores, chegam pra mim e falam que estão treinando em casa, eles se envolvem e gostam bastante. É bem legal”, revela.
Segundo a diretora da Escola de Ensino Fundamental do Rio Branco, Vanderleia Mannrich, as crianças estão muito contentes por participarem do projeto. “É um projeto bem recente, mas o que a gente percebe é a carinha de satisfação por estar ali participando daquela atividade, isso é evidente”.
Além disso, o envolvimento dos pais é essencial para que as crianças participem do projeto. “Os pais são os principais apoiadores. Além deles liberarem, eles também trazem o filho aqui”, explica Fernando.