Projeto social de dança nos bairros de Brusque pode acabar por falta de recursos

Atualmente, cerca de 600 alunas recebem aulas em seis locais diferentes

Projeto social de dança nos bairros de Brusque pode acabar por falta de recursos

Atualmente, cerca de 600 alunas recebem aulas em seis locais diferentes

A dois meses para o encerramento do ano, a falta de recursos ameaça a continuidade do Projeto Cultural de Dança Gratuita nos Bairros. Com o fim do repasse da prefeitura, os responsáveis pelas aulas precisam arcar, sozinhos, com os deslocamentos até os bairros em que o programa é desenvolvido.

Segundo o coordenador do projeto, Ronaldo Teixeira, a professora que ministra as aulas – Mirian Lucia Bertotti Barni – começou a receber recursos a partir da gestão de Roberto Prudêncio Neto, entretanto, quando Bóca Cunha assumiu, o repasse foi cortado.

“Na época do Prudêncio, umas 50 mulheres foram até o gabinete para solicitar ajuda para a professora porque ela não tinha mais condições de manter as aulas. Então o Prudêncio contratou ela por meio da Fundação Cultural. O valor do salário era repassado apenas para as despesas das aulas. Mas o Bóca assumiu e demitiu ela”, explica Teixeira.

A principal despesa do projeto, afirma o coordenador, está relacionada ao combustível. Para arcar com os gastos, tanto da gasolina quanto da manutenção do carro e de outras despesas, o projeto precisaria receber cerca de R$ 3 mil ao mês, segundo Teixeira.

Atualmente, as aulas ocorrem em seis locais diferentes: ginásio de esportes do bairro Steffen; escola João XXIII, no Primeiro de Maio; Ginásio da Rua Nova Trento; escola Padre Vendelino Wiemes, no Cedrinho; residencial Sesquicentenário, no Limeira; e escola Alexandre Merico, no loteamento Cyro Gevaerd.

“São pessoas mais carentes que participam gratuitamente das aulas. O objetivo é levar entretenimento, melhor qualidade de vida e prevenir doenças. A dança é uma forma de terapia. Pessoas com problemas de depressão e outras doenças são curadas com as aulas. São vários tipos de danças. O projeto está sendo muito bem aceito”, afirma Teixeira.

Além dos locais que já recebem as aulas, outros dez bairros também estão pedindo para participar. Voltado apenas para mulheres, tanto crianças quanto idosas, o projeto conta hoje com cerca de 600 participantes, porém, já chegou a ter mil.

“Nós estamos pedindo ajuda no meio empresarial, mas ninguém ajuda. Precisamos de recursos até o fim do ano. Depois, com a entrada do novo prefeito, pretendemos garantir recursos fixos”, finaliza o coordenador.

A prefeitura foi contatada para comentar o assunto, mas não se manifestou até o fechamento desta edição.

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