Projeto sugere criação de Centro Comunitário para nortistas e nordestinos em Brusque

Ideia é trabalho de conclusão de curso apresentada por estudante brusquense de Arquitetura e Urbanismo

Projeto sugere criação de Centro Comunitário para nortistas e nordestinos em Brusque

Ideia é trabalho de conclusão de curso apresentada por estudante brusquense de Arquitetura e Urbanismo

Com o objetivo de proporcionar um espaço de assistência social, psicológica e jurídica aos migrantes nortistas e nordestinos em Brusque, nasce a ideia do Centro Comunitário Patativa do Assaré. Trata-se de um projeto arquitetônico criado pelo estudante brusquense de Arquitetura e Urbanismo, Uriel Davi Eccher, de 23 anos.

Ele apresentou a ideia como trabalho de conclusão de curso na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Laguna, no Sul do estado. O trabalho teve orientação da professora Claudione Fernandes de Medeiros.

Uriel Davi Eccher/Reprodução

Uriel explica que o projeto de centro comunitário e cultural também tem a intenção de proporcionar um espaço de lazer, de convívio e profissionalizante.

Segundo ele, a ação no Centro Comunitário e Cultural seria integrativa, ou seja, assimilar questões culturais. Neste sentido, proporcionar uma troca cultural entre as duas culturas, com os brusquenses também podendo assimilar a cultura nortista e nordestina também.

“Para desconstruir os preconceitos e incluir esses migrantes no contexto da cidade, que são marginalizados. Tantos que eles se aglomeram em bairros periféricos”, conta.

Uriel Davi Eccher/Reprodução

“A gente percebe que existe um afastamento cultural, com pouca relação entre elas. Isso acaba gerando estereótipos, estigmatizarão e preconceitos, e marginalizando os migrantes, que são importantes para o desenvolvimento da cidade”, continua.

Natural da cidade, Uriel morou por quase 15 anos na Bahia e retornou ao estado para estudar na Udesc. “Acabou que voltei a conviver com a cultura daqui. Então, eu consegui perceber essas questões do preconceito e da marginalização dos migrantes”, relata.

Uriel Davi Eccher/Reprodução

Pesquisa e casos emblemáticos

De acordo com Uriel, um dos fatores que mais influenciou na decisão de criar o projeto foi o emblemático caso “Carta aos Baianos”, investigado pela Polícia Civil em 2013. Nela, um grupo de 28 “cidadãos de bem” discorreram sobre os motivos que os levariam a começar a “eliminar” os baianos que migraram para Brusque.

“Essa carta ficou gravada na minha cabeça por muito tempo e quando cheguei no TCC eu trouxe essa proposta. Inicialmente, a ideia era trazer minha relação com a Bahia e Santa Catarina. Mas ao me deparar com dados e outras estatísticas, o viés se tornou mais social, com propostas de soluções”, explica.

Uriel Davi Eccher/Reprodução

Ainda, na mesma semana da apresentação do TCC, o estudante foi impactado pelo caso de racismo envolvendo o Brusque contra o jogador Celsinho, do Londrina. Isso impulsionou a vontade dele divulgar a ideia, a fim de divulgar que na cidade também existem propostas que combatem o preconceito.

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Para além do projeto, Uriel finaliza que pretende conversar com alguns vereadores. A intenção é amenizar questões de vulnerabilidades e preconceitos.

“É algo mais abrangente, de início a gente criar um projeto social que busque solucionar as vulnerabilidades, principalmente que os migrantes enfrentam quando estão no processo de deslocamento. Depois, essa questão de preconceito e estigmatizarão, que tenha como objetivo aproximar culturas”, completa.

Confira imagens do projeto

Uriel Davi Eccher/Reprodução
Uriel Davi Eccher/Reprodução
Uriel Davi Eccher/Reprodução
Uriel Davi Eccher/Reprodução
Uriel Davi Eccher/Reprodução
Uriel Davi Eccher/Reprodução
Uriel Davi Eccher/Reprodução
Uriel Davi Eccher/Reprodução
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