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Projeto “Vivência Queer” gera pedido de informação na Câmara de Brusque; entenda

Artista proponente rechaça acusação de vereadores de que estariam “mostrando partes íntimas em rede social”

O vereador Jean Pirola (PP) fez pedido de informação na sessão de terça-feira, 13, solicitando da prefeitura esclarecimentos a respeito do critério utilizado para a seleção do projeto “Vivência Queer”, contemplados pela Lei Aldir Blanc, a lei federal de emergência cultural.

“Nós, que somos defensores da família e da pátria, não podemos tolerar este tipo de situação utilizando dinheiro público para ficar mostrando as partes íntimas em rede social, assim não dá. Então pedimos as informações e quando tivermos as respostas vamos trazer a esta casa legislativa”, protestou.

O vereador Alessandro Simas (DEM) corroborou com o pedido e disse ter sido indagado pela população. “Por aquilo que me foi apresentado, recurso público jamais poderia ser utilizado para um projeto daqueles. É inadmissível o afronte à família e às pessoas, em cenas que foram ali relatadas”.

Pirola ainda acrescentou que lutará contra “este tipo de cultura”. “É inadmissível, as cenas que recebi hoje, fiquei pasmo e chocado que alguém chame aquilo de cultura”, reforçou.

Objetivo do projeto

Segundo Jo Leoni, artista proponente do Vivência Queer, a proposta do projeto é fotografar e expor vivências e corpos queer.

“Queer é apresentado como possibilidade dos que cruzam as fronteiras fixas de gênero, através da corporalidade e da fluidez das sexualidades produzidas. Trata-se de pensar o gênero a partir de uma desconstrução política de categorias fixas e polarizadas entre sexo e gênero. Propõe reflexões e debatas acerca da realidade que nos cerca”.

Ela explica que todo o conteúdo produzido pelo projeto está na página do Instagram, que não contém nenhuma imagem explícita ou com partes íntimas à mostra.

“A arte enquanto mecanismo da cultura tem como uma de suas funções sociais e políticas, provocar reflexões e debates sobre todos assuntos que perpassam a existência humana, seja no âmbito individual ou coletivo. Desta forma, nenhum questionamento legal deve ter em suas entrelinhas resquícios de censura. O projeto utilizou uma linguagem artística específica, a fotografia, que é amplamente utilizada por artistas dos mais variados cantos do mundo para debater qualquer assunto pertinente às sociedades. Para isto, basta nos debruçarmos sobre historiografia da arte”.

De acordo com a artista, o projeto não produziu nenhum conteúdo com nudez explícita, como citado por Pirola. Além disso, também não desenvolveu conteúdo em formato de vídeo, como comentado por Simas, além das gravações de rodas de conversa propostas no projeto.

“Nós, do Projeto Vivência Queer aguardamos uma posição dos senhores vereadores acerca dessas acusações, que foram levadas a público de forma caluniosa e sem o mínimo de informações. O projeto pode ser visitado no Instagram, provando a não existência deste tipo de conteúdo”.

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