Próximo round: O STF e o aborto
A vitória de Bolsonaro, ou, melhor ainda, a derrota do PT e de seus comparsas, abre possibilidades para uma reversão de tendências na decisão que o STF deverá fazer acerca da legalização ou não do aborto no Brasil. É público e notório que os governos do PT fizeram de tudo para legalizar o aborto, seja através do poder executivo, pelo Ministério da Saúde, seja pela bancada no Congresso Nacional – que sempre encampou toda a pauta esquerdista de aborto, ideologia de gênero e fragilização da família – e ainda na pressão sobre o poder judiciário.
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O PSOL, aliado de primeira hora do PT, protocolou a ação de descumprimento de preceito fundamental, no STF, para que o aborto seja liberado até a 12ª semana. Pois é, para essa trupe, aborto é preceito fundamental e questão de direitos humanos. A vice de Haddad, Manuela, é defensora conhecida do aborto e de toda a pauta do feminismo radical. Daí que uma eventual vitória esquerdista selaria a decisão já praticamente tomada no STF (infestado de esquerdistas nomeados pelo PT), que libera o aborto.
Eu sou um leigo católico profundamente engajado na luta contra o aborto, que tanto eu quanto a imensa maioria dos brasileiros consideramos um crime abominável. Não obstante, houve religiosos fazendo campanha aberta para o Haddad e a “Manu”. A derrota acachapante da dupla em Santa Catarina deveria fazer tais religiosos refletirem um pouco mais. O povo não está mais engolindo o uso da estrutura da religião para a divulgação de ideologias imorais e anticristãs. Deveriam ver o vídeo do rapper Mano Brown no comício do Haddad. Ele conclamou os petistas a olharem para os seus próprios erros e pararem de considerar a maioria das pessoas comuns, que votaram no Bolsonaro, como monstros dominados pela extrema direita. Essa cegueira dominou a esquerda, a ponto de eles se afastarem do povo, das pessoas simples, com as quais perderam o contato. E as pessoas comuns se manifestaram. Com exceção dos estados do Nordeste, a manifestação veio aos berros. Ignorar isso não é nada saudável.
Aliás, as questões de princípios morais foram muito mais determinantes no debate eleitoral que as de ordem econômica, por exemplo. É claro que o estrangulamento do setor produtivo e o desemprego ajudaram na marcha para a mudança, mas foi a área cultural e educacional que mais impulsionou o debate. E a parte que defende o aborto, a ideologia de gênero e a dissolução dos costumes perdeu. No sul, sudeste e centro oeste, a derrota foi clamorosa.
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E já que a “Manu” perdeu a eleição, a pressão sobre o STF passa a ser outra. A liberação do aborto não fere apenas a consciência moral do povo, mas o direito estabelecido. As leis brasileiras são claríssimas quanto a isso. E não cabe ao STF mudar a lei, mas cuidar para que ela seja cumprida, independente de pressões ideológicas. Vamos ficar de olho no desenrolar dessa questão. O ativismo judicial é um mal a ser combatido com veemência, em nome da verdadeira democracia.