Quais são os planos do novo diretor do Zoobotânico para reativação do teleférico
Pedro Souza Junior quer tornar o local mais atrativo para os moradores de Brusque
Pedro Souza Junior quer tornar o local mais atrativo para os moradores de Brusque
Pedro Souza Junior assumiu a direção do Parque Zoobotânico no dia 13 de junho e, após cerca de um mês e meio à frente do parque, identificou os principais pontos que devem ser trabalhado e merecem mais atenção para melhorar a qualidade do espaço. Alguns dos itens são pedidos do Ministério Público de Santa Catarina, que solicita adequações de acessibilidade do parque, recintos dos animais e no funcionamento do teleférico.
Porém, outro ponto que o diretor tem em foco é a divulgação e ocupação do parque pelos moradores de Brusque: “Nossa grande missão é mostrar que o Zoo é um espaço de lazer, que desperte o interesse da população. É um espaço público que queremos deixar em condições para que seja visitado”, afirma.
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Para Souza, o brusquense não tem o hábito de frequentar o parque, e ele acredita que a realização de eventos e atividades no local pode ser uma maneira de incentivar a visita. Dessa forma, o diretor busca parcerias com as secretarias municipais, entidades e também empresas privadas para que se utilizem do espaço do Zoobotânico para a promoção de eventos.
“Temos um espaço amplo onde pode ser desenvolvido também o ensino, pesquisa e extensão”, diz o diretor, que pretende otimizar o parque e deixá-lo mais atrativo. “Esse aspecto da atratividade é um grande foco, queremos trabalhar na divulgação e visibilidade do Zoo para que a comunidade sinta que tem algo diferente querendo ser feito aqui.”
Uma das ideias que Souza tem é, por exemplo, viabilizar eventos esportivos, fazendo uso da geografia do parque, que é cheia de aclives e declives. “Temos condições de promover muita coisa aqui. O Zoobotânico é da sociedade, queremos que as pessoas venham e nos mostrem onde podemos melhorar.”
Quais são os pedidos do MP-SC
As quatro metas definidas pelo MP-SC dizem respeito à melhoria das condições do parque, e são uma responsabilidade firmada pelo Zoobotânico de Brusque perante o órgão. Inicialmente, a gestão de Souza foca nessas exigências, e pretende cumprí-las começando pelas mais simples até as mais complexas.
O primeiro ponto é a acessibilidade, que deve ser adequada para os visitantes do espaço. Em seguida, o teleférico: “Tem que ativar ou desativar. Minha intenção é trazer de volta à ativa”, afirma o diretor. Para que volte a funcionar, é preciso que um responsável técnico assine um laudo e se responsabilize pelas manutenções periódicas.
“Isso é possível? É. Logo antes de parar de funcionar, há quase dois anos, o cabo havia sido trocado, então ainda tem bastante vida útil. Profissionais deram uma olhada e acham que o equipamento está em perfeitas condições”, diz o diretor, que, entre desativar permanentemente e trazer de volta o teleférico, afirma que gostaria de valorizá-lo, já que faz parte do parque e é um patrimônio que pertence ao município.
“O Zoobotânico é da sociedade, queremos que as pessoas venham e nos mostrem onde podemos melhorar”
O último dos itens diz respeito à destinação dos animais que são deixados no parque pelas pessoas. “Muita gente traz animais até aqui e, para não deixá-los abandonados, acabamos acolhendo”, explica o diretor. São cavalos, galinhas e outros bichos que precisam ser destinados para algum responsável. Para Souza, essa é uma das medidas mais simples das solicitadas pelo MP, e o Zoo só precisa verificar e viabilizar a destinação adequada.
Outra questão apontada pelo MPSC é a reforma dos recintos dos animais, que precisam ser adequados para abrigar os bichos do Zoo. Para isso, Souza pretende apresentar um projeto de adoção de recintos: após analisar orçamentos e os reparos necessários, a intenção é buscar parcerias com empresas privadas que se disponham a ajudar o parque. “Cada recinto adotado terá um espaço de divulgação da empresa que colaborar, visando valorizar quem participar do projeto.”
Além destas prerrogativas, outras questões, como a aquisição de novos animais, estão nos planos da diretoria.
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“Estamos sempre em contato com outros zoológicos e zoobotânicos. Algumas espécies nos são oferecidas em família e, para recebê-las, precisamos adequar nossos recintos que já existem”, diz Souza.
Ele afirma que já há animais em vista e que o parque só precisa atender algumas normativas para que eles venham integrar o Zoo de Brusque. “Alguns animais vêm de outros estados e isso, claro, tem um custo, mas faremos esforço para trazê-los.”
Em relação a custos, como uma fundação pública, o Zoobotânico está diretamente vinculado à verba da prefeitura. Por isso, há limitações orçamentárias que não podem ser ultrapassadas, e todos os procedimentos devem ser reportados ao município.
“Intenções nós temos bastante, pretendemos fazer muita coisa. Só precisamos de condições para executar os planos, nos aspectos financeiro e funcional. Mas temos uma boa equipe de trabalho, com pessoas capacitadas e muito parceiras”, finaliza.