Qual a situação do repasse de recursos do governo de SC para Brusque após derrota de Moisés
Sem conseguir reeleição, governador deixará Casa d'Agronômica em dezembro
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O governador Carlos Moisés (Republicanos) não conseguiu a reeleição e deixará o cargo no fim de dezembro. O próximo governador será ou Décio Lima (PT) ou Jorginho Mello (PL), favorito na disputa. Porém, há pendências do governo do estado no repasse de valores para Brusque. O prefeito Ari Vequi (MDB) comentou como devem ficar esses recursos destinados ao município a partir de 2023.
Ari afirma que conversou com o candidato Jorginho Mello e que foi garantido por ele que, se eleito, manterá o compromisso firmado pelo governo Moisés de repasse dos recursos para Brusque.
“O Jorginho manteve a palavra de que os investimentos do estado para o município serão mantidos dentro do cronograma de finanças do estado”, diz.
O prefeito, entretanto, relata que não conversou com o candidato Décio Lima e que não vai fazer contato com ele. Décio e Ari não são do mesmo “time”, conforme classificou o prefeito. Em entrevista ao jornal O Município no dia 4 de outubro, após o segundo turno, Ari declarou apoio a Jorginho Mello.
“Não vejo dificuldade nenhuma para trabalhar junto ao governo Jorginho as obras de infraestrutura para Brusque, até porque, pela votação expressiva na cidade, por tudo o que a candidatura dele evoluiu junto ao senador [eleito] Seif e por toda a participação de Brusque no processo eleitoral, mostra que estávamos do lado certo”, afirma Ari.
O prefeito afirma que não teme que os recursos não sejam repassados pelo próximo governador, principalmente quando se trata dos convênios firmados entre o governo de SC e a prefeitura. No entanto, Ari comenta que ainda aguarda o repasse do restante que foi prometido para as obras de recapeamento do trecho municipal da rodovia Antônio Heil, incluída no Plano 1000.
“Temos preocupação com a questão orçamentária, pois o volume de recursos próprios do estado é momentâneo. Hoje, o estado tem dinheiro sobrando, mas amanhã vai ter? Depende muito da economia. O governo do estado assumiu muitas obras com recursos próprios e isso é uma preocupação”, afirma.
O repasse para obras na Antônio Heil garantido pelo governo do estado é de R$ 22 milhões, além de R$ 1 milhão por parte da prefeitura. Para este ano, Ari afirma que foi firmado o repasse de R$ 11 milhões deste total. Entretanto, até o dia 10 de outubro, somente uma parcela de R$ 3,6 milhões foi paga pelo governo Moisés. O prefeito comenta que espera que seja paga a segunda até o fim do ano.
“Se não pagar, como é que vai ficar? [Eles] têm que deixar o dinheiro em caixa, pois está empenhado R$ 11 milhões. Se não cumprir [o pagamento], em janeiro vamos ter que renegociar esse contrato com o próximo governador”, pontua Ari.
Uma situação semelhante acontece com as obras da ponte da rua Itajaí. Ela não está incluída no Plano 1000, mas, quando necessitou de reparos, Brusque estava em situação de emergência. Sendo assim, o governo de SC financiou a obra. Ari diz que espera mais uma liberação de recursos para este ano. Apenas as obras da Antônio Heil e da ponte da rua Itajaí são feitas com verbas próprias do governo do estado.
Dado como surpresa nas eleições de 2018, quando foi para o segundo turno mesmo atrás nas pesquisas eleitorais, Moisés, que era filiado ao antigo PSL na época, venceu Gelson Merísio e foi eleito governador de Santa Catarina. Após quatro anos de governo, Moisés não conseguiu a vaga ao segundo turno das eleições.
Jorginho Mello, apoiado por Jair Bolsonaro (PL), foi ao segundo turno em primeiro lugar na contagem de votos. Décio Lima, o candidato de Lula (PT), ficou com a segunda vaga ao segundo turno, com menos de 1% de diferença para Moisés, que ficou em terceiro lugar. A votação do segundo turno acontece no dia 30 de outubro.
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