Mais de 500 candidatos já foram definidos nas convenções partidárias em Santa Catarina
Mais de 500 candidatos já foram definidos nas convenções partidárias em Santa Catarina
- Por Raul Sartori
- 01/08/2022
- 8:00
Para valer
Termina dia 5 o prazo para a realização de convenções pelos partidos políticos e federações para a escolha das candidatas e candidatos que irão concorrer ao pleito eleitoral deste ano, assim como para deliberar sobre coligações. Doze siglas partidárias já enviaram as atas das respectivas reuniões ao Tribunal Regional Eleitoral de SC. Ao todo, 520 pré-candidatos já foram escolhidos em convenções partidárias. Depois é campanha. E parece que será das mais quentes, em todos os sentidos.
Dinheiro em casa
Um detalhe catarinense, digamos assim, marca os primeiros políticos que pediram registro de candidatura ao Tribunal Superior Eleitoral. O candidato a deputado federal pelo Novo de SC, Daniel Lotz, declarou ter R$ 150 mil em dinheiro em espécie, em casa. Do mesmo partido, os candidatos a deputado estadual Dado Westphal, Giovani Ferreira, Leandro Schmockel Gonçalves e Fernando Torquato relataram ter em casa, respectivamente, R$ 31.350, R$ 10 mil. R$ 7 mil e R$ 4 mil. Conforme pesquisa do “Estadão”, dos 757 candidatos registrados até sexta-feira, 29, 78 disseram ter quantias em dinheiro vivo.
Compensação
SC integra a lista de 11 Estados que devem ir ao Supremo Tribunal Federal pedir a suspensão do pagamento de suas dívidas junto à União, como forma de compensar a queda de arrecadação por conta da redução do ICMS sobre combustíveis, energia, transporte público e telecomunicações. Maranhão e Alagoas acabam de conseguir. O governo estadual estima que deixará de arrecadar mais de R$ 5 bilhões até o final de 2023.
Destinos
A Decolar, empresa on-line de viagens, passou para o colunista Ancelmo Goes os destinos nacionais e internacionais mais procuradores pelos clientes no primeiro semestre de 2022. Entre os nacionais, São Paulo lidera, seguido pelo Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Fortaleza. A surpresa é Florianópolis, em nono lugar.
Bolsa de apostas
Numa roda de conversa sobre política no famoso Ponto Chic, no Centro de Florianópolis, sábado, os oito participantes foram unânimes quanto a uma possiblidade: os candidatos ao governo do Estado Jorginho Mello (PL) e Esperidião Amin (PP) vão se juntar na disputa e assim manter com ambos o nada desprezível eleitorado bolsonarista em SC. A conferir. Os altos comandos dos dois partidos em Brasília estão fazendo a maior força para que isso aconteça.
Suspense
Principal articuladora da Proposta de Emenda Constitucional que instituiu o piso da enfermagem de R$ 4.750 para a categoria, a deputada federal e enfermeira Carmen Zanotto (Cidadania-SC) está nervosa. É que Bolsonaro sinalizou que vai sancioná-la, mas seus aliados alertam que como não há previsão de fonte de custeio, o presidente poderá, inclusive, responder judicialmente.
Crime hediondo
O deputado estadual Kennedy Nunes (PTB) recebeu informação de que a polícia catarinense está investigando um pai que engravidou as duas filhas e agora estaria atacando as filhas-netas. Ele viu imagens no celular que o deixaram profundamente indignado.
Sessão Azul
O deputado estadual Pepê Collaço (PP) protocolou projeto de lei que obriga os cinemas de SC, uma vez por mês, a apresentarem sessão especial voltada às pessoas com autismo. Em vários Estados já existe lei com tal proposta, e também em municípios de SC, como Capivari de Baixo. E com excelente receptividade.
Proibições
Alguns grupos de WhatsApps dos quais este espaço faz parte, porém com poucas intervenções, só tem conseguido se manter em termos razoavelmente pacíficos diante de um regulamento não escrito, que todos tomam ciência ao entrar: os temas proibidos, pelo menos por enquanto, são pornografia, política, religião e futebol.
Baixaria
É um atentado ao pudor ouvir boa parte das músicas em evidencia no momento em todas as mídias. Entre as cinco mais ouvidas do Spotify no Brasil semana passada a palavra “cachorra” foi a mais repetida nos gêneros funk e sertanejo, que não saem dos topos das paradas há muito tempo. Em todas, praticamente, a mulher é ofendida, vulgarizada, diminuída. Pior: boa parte delas gosta disso.
O último?
É impressionante a capacidade de Bolsonaro em criar suspenses. Ao convocar apoiadores para ir às ruas “pela última vez” no 7 de Setembro, o que ele realmente quis dizer? Antecipar sua derrota ou que em 2023 não haverá motivo para se comemorar a democracia?