Presidente e governadores, ameaçados por impeachment, abrem negociação com partidos
Mais do mesmo
Aprendem rápido. Em Brasília o presidente negocia cargos com o Centrão, já que a gaveta do presidente da Câmara dos Deputados acumula pedidos de afastamento. No Rio de Janeiro, com vários pedidos de impedimento, o governador chamou deputados estaduais para negociar cargos. Em SC o governador Carlos Moisés se enrolou com respiradores e outros temas, se afasta da sigla que o elegeu e busca novos apoios no Legislativo. Os fornos deste tipo de pizzaria parecem que não desligam nunca.
Falta o essencial
No imbróglio dos respiradores, falta apenas o essencial. Horas e horas de entrevistas, depoimentos, testemunhos e muito reme-reme – para nada concreto, até agora. Ora, pagamentos em órgãos públicos são feitos através de empenhos. Basta que um destes órgãos envolvidos na investigação apresentem cópia do empenho com cheque ou cópia do comprovante de depósito e/ou transferência por parte da fonte pagadora, no caso, a Secretaria da Saúde. Se o dinheiro saiu da conta estes registros existem. Simples assim. Ali aparecerão nomes de quem autorizou a compra e o respectivo pagamento. Não precisa de 10 horas de CPI; só precisa destas cópias. Por que ninguém as apresentou ainda?
Sinuca de bico
Está num beco sem saída o deputado Volnei Webber (MDB), que preside a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa. A ele cabe dizer sim ou não ao pedido de cassação do mandato de seu amigo e deputado Jessé Lopes (PSL), aquele que andou falando o que não devia sobre a vida sexual dos outros. Seja qual for, terá que dar explicações.
Finalmente!
Finalmente, a grande mídia nacional está deixando um pouco de só se importar com notícias ruins da atual pandemia. Está valorizando o fato de Florianópolis não ter morte pela covid-19 há quase um mês, enquanto os registros são contrários em quase todas as capitais. A capital catarinense tem sete mortes por covid-19 desde o início da pandemia.
Injustiça
A Associação dos Professores da UFSC ficou magoada com comentário em telejornal da Capital de que na pandemia eles estavam ganhando sem trabalhar. Não é justo. Eles têm trabalhado para auxiliar a população e órgãos de saúde pública. Na Farmácia Escola por exemplo, são atendidas cerca de 6 mil pessoas por mês. E no Hospital Universitário (HU) há dezenas deles atuando na produção de materiais de proteção individual, álcool em gel e respiradores. E os atendimentos de atividades científicas, pós-graduação e de participação em bancas não parou.
Paciência
O grupo coordenador (e apolítico) da covid-19 em SC tem mesmo paciência de Jó. Quem mais assoberba seus integrantes são políticos de todo quilate, querendo se valorizar, com questionamentos sobre quais e quantos leitos terá esse ou aquele hospital (para, se tiverem resposta, se vangloriar diante dos eleitores), os gastos disso e daquilo e detalhes mínimos, e para resposta “urgente”. Ssinceramente…
Popularidade
Depois que a WEG, de Jaraguá do Sul, numa estratégia heroica, passou a priorizar a fabricação de 500 respiradores, dos quais 100 já entregues, seu diretor, o popularíssimo Décio da Silva, mal sai às ruas e é cercado por populares, cumprimentando-o e à empresa pela iniciativa, absolutamente oportuna.
Supérfluos jardins
O governo estadual suspendeu o contrato de jardinagem nas escolas públicas, formalizado antes da atual pandemia. Na região de Criciúma, dos R$ 2,4 milhões previstos, R$ 869 miljá foram gastos. Aliás, o que impede que as associações de pais e professores (APPs) façam tais serviços?
Prioridade
Surpreende que a medida, agora proposta por projeto de lei do deputado Marcius Machado (PL) não esteja em prática por bom senso: assegura aos portadores de diabetes o direito ao atendimento preferencial ou prioritário na realização de exames em jejum em laboratórios, clínicas, hospitais da rede, pública e privada.
Vingança
Serve de alerta decisão unânime, desta semana, do Tribunal Regional do Trabalho de SC. Em ação originária de Blumenau, condenou empregado de uma empresa por publicar em rede social mensagem ofensiva à empregadora. Foi motivo suficiente para demissão por justa causa. Considerou-se que a liberdade de expressão, ali, foi extrapolada. Cabe recurso ao TST.