PSL e MDB “namoram” para disputa eleitoral de 2020
PSL e MDB “namoram” para disputa eleitoral de 2020
- Por Raul Sartori
- 06/08/2019
- 4:49
Namoro
O presidente do diretório estadual do MDB, o deputado federal Celso Maldaner, não faz mais segredo nenhum. Se depender dele, MDB e PSL estarão juntos não só nas eleições municipais de 2020, com coligações incentivadas ao máximo, como na sucessão estadual, em 2022. A propósito, o governador Carlos Moisés (PSL) não tem reclamações do apoio sempre pronto e necessário que tem tido dos nove deputados estaduais do MDB na Assembleia Legislativa.
Milícias
Grupos milicianos estão sendo combatidos em pelo menos 12 estados, diz “O Globo”, em levantamento nacional, esclarecendo que o modo de agir obedece o padrão Rio de Janeiro: empresários financiam negócios irregulares, em especial a grilagem de terra, e se aliam a policiais, responsáveis por ameaças, extorsões e até homicídios. SC não está na lista. Rio Grande do Sul sim.
Vida pregressa
O advogado catarinense Marco Vinícius Pereira de Carvalho, novo presidente da Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, ligada ao Ministério dos Direitos Humanos, que foi segundo suplente na chapa do PSL ao Senado de SC nas eleições do ano passado, encabeçada por Lucas Esmeraldino, já começa a ter sua vida devassada. Antes de chegar a Brasília, no início deste ano, foi procurador municipal em Taió e professor de Direito Tributário, Constitucional e Civil da Unidavi, de Rio do Sul. Já se descobriu que seu primeiro processo protocolado na Justiça Federal foi em 2016, contra a indicação do ex-presidente Lula para o cargo de ministro da então presidente Dilma Rousseff.
Desempenho
O plenário do Senado deve votar nesta semana projeto que fortalece o sistema de universidades comunitárias, que é de extremo interesse para o sistema fundacional que existe em SC e que foi pioneiro no Brasil. De autoria do senador Jorginho Mello (PL-SC), se aprovado segue imediatamente para sanção do presidente Jair Bolsonaro. Será o segundo projeto de Mello que vira lei federal em menos de sete meses.
Colonialismo cultural
No Rio de Janeiro há uma discussão sobre o nome em inglês, “Rio Star”, de uma nova roda gigante, que agora parece estar virando mania em todo lugar. Para alguns intelectuais é mais um ataque à língua, no caso a portuguesa, de quem não tem caráter formado. Verdade. Mas o que dizer de outra roda gigante, já batizada de “Balneário Camboriú Big Wheel”, que será a maior da América do Sul? Será que 1% da população da cidade sabe o que quer dizer, de chofre, “big wheel”? Por que não “Balneário Camboriú Roda Grande”?
Corte nos supremos
Está pronta para votação no Senado, hoje, com apoio dos três senadores de SC, proposta de emenda à Constituição que proíbe decisões liminares monocráticas de ministros do Supremo Tribunal Federal em todos os processos que afetem políticas públicas ou suspendam a tramitação legislativa. Analistas dizem ser uma resposta ao ativismo judicial dos ministros supremos com suas seguidas investidas sobre o Congresso.
Fake news 1
Entrou na extensa lista de preocupações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) uma imensidade de boatos sobre a quinta geração de redes móveis de telefonia (5G), como os de que causaria câncer e mutações de DNA, que acelerariam o envelhecimento ou contribuiria para a extinção das abelhas. A agencia vai produzir um guia para alertar sobre as fake news em torno do 5G de forma a não atrapalhar seus planos de fazer o primeiro leilão de 5G em 2020. E cita como risco um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa de SC para proibir testes de redes 5G no Estado até que seja comprovado que não há risco para a saúde.
Fake news 2
O projeto foi proposto pelo deputado estadual Marcius Machado (PL) com base em boatos como o que circula nas redes atribuindo imagens de pássaros mortos em Haia, na Holanda, a testes de 5G. Só que esses testes nunca foram realizados na cidade holandesa. Se virar lei em SC não sairá convênio entre uma operadora de telefonia e a UFSC para testar a nova rede em Florianópolis.
Boca de ouro
Enquanto dezenas de milhões não tem como pagar uma reles obturação, causa revolta e repugnância saber que o tratamento dentário do deputado federal Marco Feliciano (Podemos-SP) custou R$ 157 mil e foi totalmente pago por verbas públicas na Câmara. De deixar qualquer um de boca aberta.