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Reavaliação aumenta em 330% valor de terreno da Buettner

Novo laudo foi feito a pedido do Sintrafite, que discordou do valor calculado para o primeiro leilão

A reavaliação de um terreno pertencente à empresa Buettner, feita a pedido do Sintrafite – sindicato que representa os trabalhadores demitidos da massa falida – gerou um aumento considerável no valor de mercado do imóvel.

Inicialmente avaliado em R$ 2 milhões, o terreno, que fica no bairro Bateas, foi reavaliado há alguns meses, e o último laudo pericial aponta R$ 8,7 milhões como o seu valor de mercado atualizado, cerca de 330% a mais do que a perícia inicial.

Em novembro do ano passado, a juíza Clarice Ana Lanzarini, da Vara Comercial de Brusque, determinou que fosse feita essa nova avaliação.

O terreno em questão possui 2,8 milhões de metros quadrados e havia sido vendido em agosto de 2016, por meio de um leilão público.

Entretanto, o Sintrafite pediu ao Judiciário impugnação desse leilão, sob a alegação de que havia detectado inconsistências no laudo que estipulou o preço base em R$ 2 milhões.

Esse pedido deve como base informações recebidas pelo sindicato de profissionais do ramo imobiliário, os quais estranharam o valor estipulado e disseram, informalmente, que ele seria muito maior.

À época, o certame foi vencido pela empresa Augusto Terraplanagem e Transporte, com valor de arremate inferior ao preço estipulado: R$ 1,5 milhão – 75% do valor da avaliação oficial.

A juíza da Vara Comercial determinou, então, que fosse feita a nova avaliação, assim como que se oficiasse o cartório de registro de imóveis, para que este tornasse o imóvel indisponível, até que as inconsistências no valor de avaliação fossem apuradas.

O pedido do Sintrafite é que o resultado do leilão realizado em agosto de 2016 seja anulado, e que um novo seja realizado, com base na avaliação de preço atualizada. A juíza ainda não decidiu sobre isso.

No dia 30 de maio deste ano, ela determinou que o perito responsável pelo novo laudo, Leandro Cesar Pereira, se manifeste sobre um pedido de impugnação que foi apresentado pela Augusto Terraplanagem, que não concorda com o aumento do valor do imóvel.

A empresa contesta a técnica empregada pelo perito para chegar ao valor apurado, e pediu esclarecimentos. Após a resposta do perito, ela deve decidir se anula definitivamente o leilão do ano passado ou homologa seu resultado.

Em seu laudo, o perito informou que, pela metragem, o valor da propriedade poderia ser maior, entretanto, a falta de infraestrutura o joga para baixo.

“Ainda que tenha uma área considerada enorme, para os padrões municipais, o terreno não apresenta nenhuma infraestrutura instalada, como água, luz, gás, telefonia, iluminação pública, só mesmo estradas internas, sendo que algumas estão boas para o tráfego de veículos, outras não”, descreve, no documento.