Reclamações no Procon de Brusque crescem mais de 30% em dois anos

Em 2016, foram cerca de 8 mil atendimentos, a maioria relacionado aos serviços de telefonia

Reclamações no Procon de Brusque crescem mais de 30% em dois anos

Em 2016, foram cerca de 8 mil atendimentos, a maioria relacionado aos serviços de telefonia

O número de reclamações no Procon de Brusque tem aumentado gradativamente nos últimos dois anos. De 2014 para 2016, o crescimento foi de mais de 30%. Somente no ano passado foram cerca de 8 mil atendimentos realizados, enquanto em 2015 foram 7 mil e em 2014, 6 mil.

As empresas de telefonia lideram o ranking de reclamações nos três anos. Em 2016, de todos os atendimentos realizados, 43% foram voltados aos serviços considerados essenciais, dentre os quais estão telefonia e internet.

A Oi continua sendo a campeã de queixas – 40% -, seguida da Vivo, Claro e Tim. No entanto, conforme o diretor do Procon, Dantes Krieger Filho, a empresa é a que mais resolve os problemas. “Mesmo sendo líder em reclamações, a resolutividade é excelente. De 40% de reclamações, 38% são resolvidos”. Em média, assim que é aberto o processo, em cinco dias úteis a questão é solucionada.

Depois da telefonia, os assuntos financeiros (lojas e bancos) são os que mais recebem queixas: 27%. Em geral, são assuntos relacionados ao cartão de crédito, e descontos indevidos em conta corrente, além de renovações equivocadas de seguros nos bancos. A demora no atendimento também está entre as reclamações nas financeiras. A Caixa Econômica Federal é a campeã em reclamações, seguida do Santander, Banco do Brasil e Bradesco.

Também no ranking de queixas do Procon de Brusque estão produtos gerais, ou seja, lojas de varejo, que representam 17% dos atendimentos. Neste caso se encaixam a venda de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e móveis com defeitos de fábrica.

Problemas estruturais
Para Krieger Filho, o número de reclamações relacionadas às empresas de telefonia é reflexo de problemas estruturais existentes em todo o país. Ele avalia que há problemas na manutenção do serviço das empresas, além de despreparo dos atendentes que vendem os planos. “É comum a internet oscilar, o telefone ficar mudo, a TV não ter sinal. É um problema recorrente, e que tende a continuar”, analisa.

O diretor do Procon recomenda que o consumidor anote sempre o protocolo dos atendimentos e registre reclamação quando considerar que o seu direito está sendo burlado.

Ele orienta que é necessário ficar atento no momento da contratação de um serviço e não se deixar levar pelo poder de persuasão do atendente, que tem o objetivo de vender. “O consumidor tem que tomar iniciativa e ficar ligado no momento da aquisição do serviço”.

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