Redução de juros e aumento do limite de financiamento de usados anima setor imobiliário

Medidas foram anunciadas pela Caixa Econômica Federal na semana passada

Redução de juros e aumento do limite de financiamento de usados anima setor imobiliário

Medidas foram anunciadas pela Caixa Econômica Federal na semana passada

O corte de até 1,25 pontos percentuais nas taxas de juros do crédito imobiliário da Caixa Econômica Federal foi recebido como uma oportunidade de retomada pelas imobiliárias locais. Além dos juros menores, a revisão no limite de financiamento de imóveis usados é indicado como um ponto importante para o aquecimento do mercado.

Com a mudança, as taxas mínimas para imóveis do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) passam de 10,25% ao ano para 9%. Nesta categoria estão todos os imóveis residenciais com valor de até R$ 800 mil no estado. Para residências avaliadas acima do valor, enquadradas no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), as taxas também caíram: de 11,25% ao ano para 10% anuais.

Outra mudança anunciada foi a retomada do limite de financiamento para imóveis domésticos usados para 70% do total. Em setembro de 2017, o financiamento máximo permitido pelo banco para este tipo de construção havia sido reduzido para 50%.

Na época, as mudanças e a instabilidade econômica tiveram impacto direto na venda de imóveis em Brusque e região, lembra Inácio Allein, da Imobiliária Atual. Segundo ele, este foi o período mais turbulento nos 17 anos vividos no ramo.

Ele espera que as menores taxas sirvam de estímulo para novos financiamentos, mas classifica o momento como complicado para setor. “As taxas mais baixas eram esperadas, mas a instabilidade do emprego ainda pode influenciar. Todos os incentivos são bem-vindos”.

De olho no mercado
A vice-coordenadora do Núcleo de Imobiliárias da Associação Empresarial de Brusque (Acibr), Dislei Molina, a Sugui, que atua na Imobiliária Moresco, acredita que as mudanças terão reflexos no município devido à oferta de imóveis novos e usados abaixo dos R$ 800 mil estabelecidos. “Boa parte do mercado acaba sendo englobada nesta faixa de preços”.

Ela acredita que as taxas menores devem servir para reaproximar de clientes do financiamento oferecido pelo banco. Segundo ela, com a redução do limite, muitas pessoas haviam buscado financiamentos em outras instituições, apesar da tradição histórica da Caixa com o serviço.

Já para o gerente de Vendas da Júlio Imóveis, Sérgio Germano, o momento é de aproveitar as ofertas. A tendência, segundo ele, é que a postura pressione outros bancos a reduzirem suas taxas anuais. Com o reaquecimento do mercado e uma maior competitividade da Caixa frente a outros bancos, estima que haja uma corrida pelos imóveis usados.

O motivo, segundo ele, são os custos ligados às novas construções. “Na nossa região os valores de imóveis estão semelhantes aos praticados em anos anteriores. Com a retração de novos empreendimentos, vai chegar uma hora que vai haver uma falta no mercado”.

Segundo ele, o anúncio de mudanças tem reflexos mais imediatos nas equipes comerciais. Com os índices mais baixos e a possibilidade de maiores limites para financiamento, acredita em uma dinâmica maior do setor à medida que possíveis clientes vão conhecendo as alterações.

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