Restrição de recursos paralisa programa de castração de cães e gatos em Brusque

Acapra planeja mutirão para atender demanda, mas esbarra em questões legais

Restrição de recursos paralisa programa de castração de cães e gatos em Brusque

Acapra planeja mutirão para atender demanda, mas esbarra em questões legais

O programa municipal de castração de cães e gatos está suspenso por falta de recursos, de acordo com a Secretaria de Saúde de Brusque. Com pouco dinheiro e a necessidade por corte de gastos, a pasta paralisou as atividades até que o caixa seja reequilibrado.

“Existem convênios com as clínicas, mas, em função das restrições orçamentárias, estamos priorizando os setores mais urgentes da saúde pública”, diz Humberto Fornari, secretário de Saúde.

O programa de castrações ocorreu até 2015. Naquele ano, chegou a ser suspenso por alguns dias. Retomado, voltou a ser suspenso no ano passado e em 2017 não foi reativado.

Segundo Fornari, quando o programa retornar, o valor pago por procedimento terá de ser renegociado.

A presidente da Associação Brusquense de Proteção aos Animais (Acapra), Lilian Dressel, explica que os vereadores foram procurados para que cobrem da prefeitura mais atenção às castrações. Segundo ela, a prefeitura é obrigada por lei a destinar R$ 100 mil para essa finalidade.

Alternativa
A Acapra tem um projeto para realizar um mutirão de castrações a um preço fixo mais baixo. Lilian e representantes da entidade já se reuniram com a Secretaria de Saúde para tentar alinhar a realização da ação.

A intenção é realizar um mutirão no qual o valor por castração será de R$ 140 por animal. Segundo a presidente, pessoas especializadas neste tipo de mutirão viriam a Brusque.

Esse grupo realiza a ação em várias cidades. No entanto, a Acapra precisa disponibilizar um local adequado.

Segundo Lilian, já foram apresentadas duas opções à Vigilância Sanitária, mas ambas foram recusadas. Ela diz que em São João Batista, por exemplo, salas de aula foram adaptadas para atender a demanda.

O secretário de Saúde diz que a proposta do mutirão é interessante, porém, esbarra na Vigilância. A coordenadora da Vigilância em Saúde, Lucie Herta Hilbert, diz que a sala deve ser semelhante a de uma clínica, conforme manda a legislação.

Lucie ressalta que não existe vontade em dificultar a liberação para a Acapra, mas que a lei é observada na hora de aprovar uma sala para castrações devido aos riscos envolvidos.

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