Rodrigo Santos

Jornalista esportivo - [email protected]

Resultado histórico

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Os 6 a 1 do Brusque sobre o Metropolitano, além de toda a importância do resultado em si contra um rival regional, entra para os livros de história como a segunda maior goleada que o clube aplicou em sua história na primeira divisão, perdendo apenas para os 6 a 0 contra o Botafogo de Xaxim há 20 anos. Na quarta, o Bruscão deitou e rolou em campo. Construiu 3 a 0 ao natural e foi ampliando o placar no segundo tempo sem o Metropolitano oferecer resistência. Poderia ter feito ainda mais. A torcida ficou feliz da vida.

Vamos falar do time: depois do empate contra o Avaí naquela tempestade em Florianópolis, o Brusque entrou em campo contra o Metropolitano depois de muita conversa e cobrança e um fato novo no setor de armação do time, com a entrada de Vitor Junior no time titular ao lado de Maranhão.

Enquanto teve 11 jogadores em campo, a dupla mostrou muita vontade e imprimiu velocidade ao time no meio-campo, algo que cansativamente esperávamos. Aconteceram tabelas, tentativas de criação de jogadas, algo próximo do que um time bem equilibrado precisa ter. Aleluia!

Com a expulsão de Douglas Silva, Maranhão teve que ser “sacrificado” para a entrada de Ianson e nem por isso o time perdeu força. Chamo a atenção para a atuação de Isac, reserva do suspenso Hélio Paraíba, que recebeu um presente de Bruninho, do Metrô, e arrancou com tudo para marcar o seu gol. Ele se apresenta como boa opção para o lugar do artilheiro do campeonato.

Terminado o jogo, o Brusque já tem 13 pontos na classificação, sete a mais que o Metropolitano, primeiro na zona de rebaixamento. A diferença é considerável e dá tranquilidade para o time continuar o trabalho. Futebol por futebol, acho muito improvável que Hercílio Luz e Metropolitano escapem do rebaixamento (O Tubarão tem elenco e condição bem possível de se recuperar).

Restaria aí, a briga por vaga na Série D e, num outro momento, sem a pressão da parte de baixo da tabela, buscar algum voo mais alto.

Amanhã, o adversário é o JEC, do questionado técnico Zé Teodoro, e que tem Baianinho, jogador que pertence ao Brusque até o ano que vem, como esperança de gol no ataque, ao lado de Hugo Almeida. É um jogo complicado fora de casa, onde com certeza não será encontrada a mesma moleza do jogo contra o Metropolitano. O Joinville precisa pontuar e deve propor o jogo, testando o setor defensivo do Brusque, que praticamente não foi acionado na quarta-feira.

Tenho a impressão de que o pior já passou. Agora é garantir um final de campeonato tranquilo e, de repente, tentar roubar a vaga do Marcílio Dias mais acima da tabela.

Metropolitano
Desde 2002, quando o time foi fundado, não vejo um time do Metropolitano tão fraco como o de 2019. As jogadas de frente se resumem às poucas criações de Ari Moura, que a cada jogo bom, desaparece em três.

Falta qualidade técnica e o técnico Abel Ribeiro praticamente jogou a toalha: depois do jogo, disse que o time precisa de várias contratações para escapar do buraco, mas a diretoria já avisou que não tem dinheiro. Detalhe: o Metrô viajou um dia antes para jogar em Brusque. De certo a viagem de 40km é cansativa demais.

Baianinho
O Joinville tem entre seus destaques o atacante Baianinho, que pertence ao Brusque e que está emprestado ao tricolor da Manchester. Embora o Bruscão não tenha feito cláusula no contrato que o impeça de enfrentá-lo no Estadual, há aqui um fato bem curioso: o JEC tem usado bastante o jogador, ele vem aparecendo com certo destaque, e caso alguém resolva comprá-lo, o Brusque receberá pela venda. Caiu muito mal na torcida de lá o fato do Joinville não ter participação sobre uma possível negociação.

Zoação
Chamou a atenção, e com uma repercussão bem positiva, o post da Prefeitura de Brusque nas redes sociais “zoando” com a co-irmã de Blumenau por causa da goleada sobre o Metropolitano. Alguns não gostaram, e até político ligou lá na Secretaria de Comunicação pedindo a retirada da postagem. Eu não vi nada demais, e acho que esse tipo de zoação é altamente sadia. Só espero que no returno, lá em Blumenau, o Metropolitano não devolva a derrota, se não iremos ouvir a corneta deles.

Público
Me decepcionei com o público de Brusque x Metropolitano: quase 1.300 torcedores pagaram ingresso para ver a partida. Tá na hora de tentar se fazer uma pesquisa para se descobrir onde está o torcedor que não aparece nos jogos. O clube também aparece em oitavo lugar na lista das vendas dos pacotes do FC Play, com as transmissões dos jogos. O Bruscão está a frente apenas do Hercílio Luz e do Metrô.

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