Ritmo de investigações em Brusque desacelera por falta de efetivo
Setor de Investigação da delegacia do município está inativo pela falta de agentes policiais
Setor de Investigação da delegacia do município está inativo pela falta de agentes policiais
O ritmo nas investigações da Delegacia de Polícia Civil de Brusque diminuiu nos últimos dias. Isso porque o único agente policial precisou ser deslocado para a escala de plantão, devido ao baixo efetivo. Outro policial que atuava no setor, foi destinado para a Divisão de Investigação Criminal (DIC).
Para o delegado Ricardo Marcelo Casarolli, da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (Dpcami), a situação é crítica e preocupa muito. “A dificuldade de desenvolver um trabalho posterior de investigação, que dê resultado e que corresponda com os anseios de Brusque está cada vez maior”, lamenta.
O déficit na investigação policial frustra Casarolli. Por isso, ele comenta que a comunidade precisa ter compreensão neste momento, apesar de saber que é complicado. “As entidades e instituições precisam se unir e fazer pressão junto ao governo e autoridades, pois a cidade está pagando pela qualidade que tem, com pouca destinação de pessoal”, diz.
Com a investigação fechada, o delegado de Polícia Civil, Fernando de Faveri, explica que precisam contar com o apoio dos policiais da DIC ou com a Dpcami. “Estamos aguardando pelo início de maio, quando a situação deve se normalizar e voltar a ter um policial para o setor”, diz.
Porém, ainda assim, Faveri afirma que apenas um policial é pouco para a demanda de trabalho, por isso, espera que após a formação de turma na academia de polícia, que iniciará em junho, novos agentes sejam destinados a Brusque.
O delegado Casarolli acrescenta que a Polícia Civil está de mãos atadas e não tem como trazer pessoas para trabalhar na delegacia. Desta maneira, desenvolver o trabalho policial na região se torna “cada dia mais angustiante”.
Segundo o delegado regional, Francisco Ari Plantes dos Anjos, a delegacia é responsável por apurar os crimes de furtos de residências, celulares, bicicletas, entre outros de menores proporções. “É fato que o Setor de Investigação está prejudicado devido a atestados médicos, licenças e férias. Mas quando tem um crime que precisa ser investigado com urgência, vai para a DIC”. Anjos acredita que no fim do ano a Polícia Civil de Brusque será contemplada com novos policiais, o que melhorará o fluxo de trabalho em todos os setores.