Saiba como vai funcionar a coleta de lixo em Guabiruba a partir de 1º de dezembro
Prefeitura anuncia mudança, que inclui coleta seletiva e ecopontos para móveis e eletros
Prefeitura anuncia mudança, que inclui coleta seletiva e ecopontos para móveis e eletros
A partir do 1º de dezembro começa a funcionar o novo modelo de coleta de lixo orgânico e reciclável em Guabiruba. A prefeitura anunciou a mudança na forma operação em entrevista coletiva nesta terça-feira, 19, e pede a colaboração da população.
O prefeito Matias Kohler explicou que a Recicle continua a realizar a coleta até o dia 30 deste mês normalmente. A empresa já foi notificada de que, a partir de dezembro, assume a HMS Resíduos.
A empresa, de Curitiba (PR), venceu a licitação e vai coletar os resíduos nas casas normalmente, assim como fazia a Recicle. Os itinerários e os dias vão ser os mesmos que existem atualmente, para evitar confusão.
O prefeito chama a atenção para uma mudança importante: a coleta seletiva. Após anos, Guabiruba vai implantar esse sistema, mas a participação da comunidade é fundamental para o sucesso.
“Cada um tem que fazer a sua parte, não adianta achar que é só a prefeitura”, afirmou Kohler. O prefeito solicita que as pessoas separem o lixo corretamente.
O lixo orgânico vai continuar a ser recolhido normalmente. Mas o importante é que em dias alternados vão ser recolhidos os recicláveis, e é nessa hora que a população precisa ter atenção.
O prefeito explicou que cada residência vai receber cinco sacos plásticos amarelos especificamente para a colocação dos resíduos não-orgânicos. “Cada vez que o caminhão pegar um, vai deixar outro. Cada casa vai ter quatro sacos de reserva”.
Kohler disse que também é fundamental que a população entenda que se trata se apenas separar o orgânico do restante do lixo. O prefeito explicou que é preciso lavar minimamente o reciclável. “Uma caixa de leite com resto contamina todo o restante”.
A prefeitura orienta que a população pelo menos “enxágue e passe uma água” em embalagens plásticas, como de produtos de limpeza e outros, antes de descartá-las. É algo fundamental para o aproveitamento do lixo posteriormente.
Hoje em dia, a população não tem onde depositar eletrodoméstivos, televisores e móveis. Isso tem levado ao surgimento de vários “lixões” ilegais em ruas com pouco movimento.
Essa realidade deve mudar, na avaliação de Kohler, com a instalação de um ecoponto, ao lado da garagem municipal, na rua Paulo Kormann. Segundo Kohler, o local foi escolhido por ter vigilância 24 horas por dia.
Kohler disse que, a partir de 1º de dezembro, não vai ter mais “desculpa” para jogar esses resíduos mais volumosos em locais impróprios. A qualquer dia e horário, vai ser possível deixá-los no ecoponto.
O prefeito Matias Kohler disse que o novo modelo não vai gerar aumento na tarifa de lixo nem neste ano nem em 2020. A Atlantis vai continuar a cobrar a taxa normalmente, como já acontece hoje em dia.
De acordo com a prefeitura, o novo modelo é mais barato do que o atual. Hoje, o custo mensal com a Recicle é de R$ 225 mil, enquanto que no sistema novo estima-se que vá cair para R$ 159 mil.
A mudança vai gerar uma economia no longo prazo, mas inicialmente a prefeitura teve de pagar R$ 887 mil de taxa de adesão, parcelados em 24 vezes de R$ 36,9 mil. Além disso, o município gastou R$ 250 mil para a instalação de uma estação de transbordo.
O novo modelo de gestão dos resíduos foi empregado por meio do Consórcio Intermunicipal do Médio Vale do Itajaí (Cimvi), que licitou a HMS para coleta nas cidades e é responsável pelo destino final.
O funcionamento é diferenciado: a HMS vai coletar nas casas e levar a uma estação de transbordo, instalada na rua Independência; uma outra empresa licitada pelo Cimvi vai transportar em caminhões até o Parque Girassol, em Timbó, onde vai ser dado o destino final.
Kohler explicou que o Parque Girassol trabalha dentro da lógica de aproveitamento do lixo. No caso dos recicláveis, ele vai ser vendido e depois o dinheiro vai para as prefeituras.
A expectativa é que a prefeitura consiga ter receita com o lixo, mas depende da adesão da população.
O esquema vai ser diferente no que se refere aos lixos volumosos depositados no ecoponto. Sofás, camas e outros eletros e móveis descartados vão ser avaliados e, se possíveis recuperados.
As prefeituras vão receber os móveis e outros materiais para doações a famílias em situação de vulnerabilidade social.
Segundo Kohler, futuramente, o lixo enviado ao aterro em Timbó vai ser queimado para a geração de energia.