Saiba por que o 35º Rodeio Crioulo de Brusque será realizado em Itajaí neste ano
Evento acontecia na área que foi devolvida à família Hoffmann; CTG quer retorno em 2020
O tradicional Rodeio Crioulo Nacional do CTG Laço do Bom Vaqueiro não será realizado em Brusque neste ano. A mudança é a concretização do que se temia em 2016, de que eventos realizados por entidades fossem prejudicados pelo acordo da Prefeitura de Brusque em devolver 38 mil metros quadrados do terreno para a família Hoffmann.
Com a mudança, o local que era utilizado pelo Brusque Kart Club, o CTG, o Brusque Jeep Clube e pelas equipes de bicicross, precisou ser desocupado e as entidades ficaram sem garantia da realização de eventos, porque precisariam negociar com a família.
O patrão do CTG, Germano Hoffmann, o Mano, afirma que o grupo não entrou em contato com a família Hoffmann por falta de estrutura no local, que fica ao lado do pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof.
Como o grupo tirou a cancha que ficava no terreno, seria inviável construir uma especialmente para o rodeio, já que os esforços estão concentrados em levantar fundos para construção de espaço no complexo Chico Wehmuth (antiga Vila Olímpica), na localidade de Volta Grande, bairro Bateas.
Por isso, o CTG havia decidido não realizar o rodeio neste ano. Nos anos anteriores, era realizado próximo ao 4 de agosto, aniversário de Brusque. “A princípio a gente não ia fazer, mas surgiu a opção de fazer em Itajaí”, conta Mano.
A 35º edição do evento será realizada neste fim de semana, de sexta-feira a domingo, 9 a 11, no Parque Municipal do Agricultor Gilmar Graf, no bairro Baia, em Itajaí. O local às margens da rodovia Antônio Heil foi cedido pela prefeitura, após o CTG conversar com o prefeito Volnei Morastoni.
Apesar de realizar o tradicional evento de Brusque e em outro município, Mano acredita que o público brusquense vai ao rodeio mesmo assim, principalmente por ser em um município vizinho. “Acho que vai dar certo”, diz.
2020
A ideia é que o rodeio volte para Brusque em 2020 e seja realizado já no complexo Chico Wehmuth. No entanto, depende da construção do espaço. “Nós estamos batalhando para isso”, diz o patrão.
O projeto da cancha está em desenvolvimento. O objetivo é levantar fundos para viabilizar a construção. Até o momento nenhuma parceria foi firmada, mas o CTG está buscando apoiadores para auxiliarem na obra.
Relembre o caso
A negociação iniciou na gestão de Paulo Eccel e foi firmada pelo prefeito interino Roberto Prudêncio Neto. A família Hoffmann recebeu uma área de 38,2 mil m², em frente ao pavilhão, como compensação por não terem sido indenizados pelo poder público pela desapropriação do terreno em 1992, na primeira administração de Ciro Roza.
Em 2017 as entidades que ficavam no local foram notificadas para retirarem seus pertences do terreno, para que a prefeitura fizesse duas ruas no local, conforme acordado. Naquele momento, o CTG ainda não seria atingido e a estrutura ficou.
Por isso, em 2018 o rodeio foi realizado no espaço, com a autorização da família Hoffmann. Mas como a retirada da cancha, não foi possível fazer o evento no local neste ano.