Sem provas, delegado nega acusação de que filha matou o pai
Polícia Civil de São João Batista investiga caso da ossada humana encontrada na segunda-feira, no bairro Carmelo
Polícia Civil de São João Batista investiga caso da ossada humana encontrada na segunda-feira, no bairro Carmelo
A Polícia Civil de São João Batista iniciou as investigações ainda na segunda-feira, 27, para tentar desvendar o mistério da ossada humana encontrada nos fundos de uma residência, no bairro Carmelo. O delegado Vinícius Benedet Brandão alerta que os comentários que correm na cidade, de que a filha teria matado e enterrado o pai não se confirmam até o momento.
“A princípio não temos elementos que comprovem ou indiquem que ela seja a autora. Estamos esperando o resultado da perícia para identificação, para saber se é mesmo dessa pessoa desaparecida”, informa.
Ele explica que a descoberta da ossada se deu quando uma mulher procurou a delegacia na sexta-feira, 24, para dizer que o pai, de 65 anos, estava desaparecido há aproximadamente seis meses.
Ela contou para o delegado que, inicialmente, o pai havia viajado para o Paraná, mas como não conseguia mais contato com ele, estranhou e começou a procurá-lo. Foi quando ela recebeu a informação de que poderia ter havido um crime na casa em que ele residia, local em que foi encontrada a ossada. “A informação que foi veiculada na cidade de que ela recebeu uma ligação do Rio Grande do Sul, não procede”, afirma o delegado.
A mulher foi orientada a retornar na delegacia na segunda-feira pela manhã e junto com o delegado e um agente foram até o local indicado. Com a ajuda de um vizinho, foi iniciado as escavações, quando foi encontrado um crânio. “Isolamos o local e acionamos o IGP [Instituto Geral de Perícias]. Foi então que foi encontrado todo o restante da ossada”, detalha Brandão. Ao que tudo indica, o corpo havia sido mutilado antes de ser enterrado.
Atualmente a residência em que foi encontrado os restos mortais é habitada por uma família que não tem nenhuma relação familiar com a suposta vítima. Inicialmente, os familiares do homem desaparecido não reconheceram a ossada como sendo do pai, até por conta do estado de decomposição. “Estamos sendo prudentes e esperando os resultados da perícia. Pode realmente ser este homem, mas há possibilidades de não ser e ter sido uma coincidência”, diz o delegado.