Sem representantes do governo do estado em reunião, futuro da duplicação da Antônio Heil segue indefinido

Encontro no salão da igreja São Sebastião, no bairro Limoeiro, reuniu lideranças de Brusque e Itajaí

Sem representantes do governo do estado em reunião, futuro da duplicação da Antônio Heil segue indefinido

Encontro no salão da igreja São Sebastião, no bairro Limoeiro, reuniu lideranças de Brusque e Itajaí

A Associação de Moradores do bairro Limoeiro realizou na noite desta segunda-feira, 6, mais uma reunião para tratar sobre os problemas da duplicação da rodovia Antônio Heil.

O encontro contou com a presença do prefeito Jonas Paegle; do vice-prefeito Ari Vequi; dos vereadores Jean Pirola e Paulo Sestrem; do presidente da Câmara dos Digirentes Lojistas (CDL) de Brusque, Fabricio Zen; além do prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni; de vereadores da cidade vizinha e do deputado estadual coronel Onir Mocellin, líder do governo Carlos Moisés na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc).

No início do ano, a Secretaria de Estado de Infraestrutura anunciou o rompimento do contrato com o consórcio Triunfo/Compasa, responsável pela execução da obra no trecho de Itajaí. A obra, que já era para ter sido concluída, entrou em ritmo lento e atualmente está paralisada, gerando inúmeros transtornos para a comunidade.

O governo do estado foi convidado para participar da reunião, porém, não enviou representantes, o que gerou ainda mais dúvidas sobre o futuro da obra, já que muitas perguntas ficaram sem resposta.

A principal questão levantada foi o financiamento no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O contrato com a entidade financiadora da obra encerra neste ano e, há o risco de não concluir em tempo a intersecção da rodovia com a BR-101.

“Precisamos de uma resposta clara. Se perdermos o financiamento internacional, onde vamos arrumar dinheiro para fazer as alças com a BR-101? Com o BID não tem jeitinho brasileiro e nós sabemos da situação financeira do estado”, diz o vice-prefeito de Brusque, Ari Vequi.

O prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni, também demonstra preocupação com o futuro da obra. “O governador Moisés herdou a rodovia com todos os transtornos, em Itajaí estávamos contando os dias para as obras da intersecção com a 101. De repente, tudo parou e neste momento estamos dependendo do governo nos dar posições. O financiamento internacional é rigoroso, se acabar mal um contrato como este vai repercutir em outros contratos e tenho certeza que o governo não quer isso”.

Líder do governo na Alesc, o deputado coronel Mocellin informa que o consórcio para executar as obras no trecho de Itajaí era formado por três empresas que centralizaram os trabalhos na Triunfo. A empresa, entretanto, praticamente desistiu da obra e a única saída do estado foi rescindir o contrato. “Com a rescisão, as outras empresas do consórcio também seriam penalizadas. Uma das empresas procurou o governo e disse que teria interesse em continuar a obra. O BID já deu autorização para rescindir o contrato, mas agora fica a dúvida, fazer um novo projeto e uma nova licitação ou continuar a obra de onde parou e depois atender os pedidos da comunidade com um novo projeto?”.

O deputado diz que enquanto a rescisão do contrato não é homologada, a responsabilidade da sinalização e toda a infraestrutura continua com a empresa, só depois da rescisão oficial é que o estado passaria a ser responsável pela infraestrutura da rodovia.

Um dos representantes da comunidade do bairro Limoeiro, José Luis Tambosi lembra que inúmeras reuniões sobre os problemas da duplicação já foram feitas, mas muito pouco avançou desde então. “Chegou um ponto que não dá mais para adiar. Não podemos mais fazer reunião por fazer. A intenção foi reunir as forças políticas das duas cidades para resolver a situação. A prioridade, para nós, seria o governo abrir uma nova licitação e fazer um novo projeto para essa obra, contemplando aquilo que precisa ser feito porque se concluir do jeito que está, quem garante que vão nos ouvir depois”.

O presidente da CDL de Brusque, Fabricio Zen, citou o exemplo da parceria público-privada feita entre o governo e a Irmãos Fischer para a duplicação do trecho de Brusque. De acordo com ele, esta é uma solução a se pensar para o trecho de Itajaí. “Temos várias empresas grandes na Itaipava, a colocação da classe empresarial seria usar o exemplo da Fischer. Seria um grande facilitador”.

Sem a presença de um representante do governo do estado para responder todas as questões referentes a obra, a reunião não chegou a um encaminhamento oficial. Ficou agendada previamente uma audiência pública no dia 16 de maio, às 19 horas. Se nenhum representante do governo garantir presença, uma nova data será marcada com a intenção de que haja a presença do governo para esclarecer todas as dúvidas sobre a obra e chegar a um consenso sobre o futuro da duplicação.

 

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