Serafim Venzon inicia mais um mandato na Assembleia Legislativa
Reeleito com pouco mais de 50 mil votos, deputado estadual do PSDB é o único representante de Brusque na Assembleia
Reeleito com pouco mais de 50 mil votos, deputado estadual do PSDB é o único representante de Brusque na Assembleia
O deputado estadual Serafim Venzon (PSDB), único representante de Brusque eleito para a Assembleia Legislativa (Alesc), tomou posse neste domingo, 1º. Ele inicia mais um mandato e deverá presidir, nesta legislatura, a Comissão de Trabalho e Serviços Públicos (CTSP) da Alesc.
Venzon faz parte de um bloco de oito parlamentares, composto por PP e PSDB, o chamado bloco da social democracia. Em acordo feito com lideranças partidárias, ficou acertado a divisão das comissões e da ocupação de cargos na mesa-diretora, a qual o PP indicará o 2º vice-presidente.
O bloco ficou também com as presidências das comissões de Finanças, Transporte, Ciência e Tecnologia, e Criança e Adolescente. “Existe uma eleição para esses cargos, uma formalização, mas o acordo já foi costurado em conversas com os líderes partidários”, explica o deputado.
O ano na Assembleia
Venzon afirma que o que vai mobilizar o primeiro semestre de atividades na Assembleia Legislativa é a reforma administrativa do estado, anunciada pelo governador Raimundo Colombo, a qual prevê corte de cargos comissionados e redução do custo da máquina pública.
Em números, Colombo quer o corte de 20% dos gastos do estado, assim como a demissão de 500 cargos comissionados. “Se a gente passar nas secretarias, e nos locais de trabalho do estado, dá a impressão até que dá para cortar um pouco mais”, afirma Serafim Venzon, que descarta mais cortes, contudo, nas Secretarias de Desenvolvimento Regional (SDRs).
“Tem 36 secretarias, não há como cortar dez cargos em cada, porque aí elas quase fecham. Mas nas secretarias setoriais tem muitos cargos que poderiam ser diminuídos. São esses que imagino que ele [Colombo] vai colocar como corte nesta reforma”.
Venzon terá papel primordial neste tema, pois, ao presidir a CTSP, terá de dar parecer sobre a proposta de Colombo, antes do texto ser levado à votação, em plenário.
Investimentos na economia
O deputado estadual também destaca projetos que certamente serão enviados pelo governador ao parlamento, no sentido de autorização de novos financiamentos junto ao governo federal e às instituições financeiras de crédito.
“Ano passado autorizamos o governador a buscar mais de R$ 11 bilhões, que estão sendo usados em revitalização de rodovias, reforma de colégios estaduais, construção de hospitais e compra de equipamentos, entre outras coisas. Para buscar esses recursos, precisa da autorização da Assembleia”, destaca.
Hoje o governador deve enviar à Alesc uma carta, explicando o panorama geral dos projetos do governo do estado para 2015, contendo quais recursos pretendem ser buscados e quais obras prioritariamente executadas. Venzon afirma que o desenvolvimento do estado está condicionado a esse planejamento ser eficiente.
“Santa Catarina é o único estado em que a indústria teve saldo positivo em 2014. Isso significa que as ações do governo motivaram a iniciativa privada a fazer investimentos. Não é o dinheiro que o governo coloca que muda uma realidade, o que faz mudar são os investidores privados, que movimentam a economia. Cabe ao governo saber motivar e estimular esses investidores”, discursa Venzon.
Projetos pessoais
Ele afirma que, neste ano, pretende aprovar um projeto de sua autoria, denominado projeto URU (Unidade de Referência Universitária). Basicamente, o projeto, se aprovado, permite ao aluno pagar a faculdade depois de formado.
Venzon lista as atuais opções dadas pelo governo para quem quer cursar a universidade. As públicas, segundo ele, têm pouca oferta de vagas, sendo cerca de 2,5 mil por ano em Santa Catarina, número considerado insuficiente.
A outra opção é uma bolsa do governo do estado, que é destinada a alunos oriundos de famílias de baixa renda. Há ainda o financiamento estudantil (Fies), mas, segundo Venzon, isso ainda é insuficiente. “O Fies beneficia os alunos que conseguem demonstrar para o banco que vão conseguir pagar o financiamento. Banco não dá dinheiro para pobre”.
O projeto do deputado, por sua vez, visa estudantes de renda não tão baixa, mas que mesmo assim ainda não possuam condições de custear a faculdade. “Alguém que ganha R$ 2 mil por mês não tem condições de pagar R$ 1,5 mil em uma mensalidade. É para esses alunos que o projeto se aplica”.
O texto já está tramitando na Assembleia Legislativa, e o deputado já se reuniu para apresentar a ideia ao presidente da Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe). O próximo passo é reunir uma equipe técnica para montar uma minuta do projeto, definindo formas de financiamento, valores e limite de renda dos beneficiários.