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Servidor público, idoso que morreu de Covid-19 trabalhava durante pandemia; secretária esclarece caso
Terceira vítima da doença na cidade trabalhava com serviços gerais em uma escola do Cedro Alto
A terceira vítima fatal da Covid-19 em Brusque, Leopoldo Rodrigues, 75 anos, trabalhava na função de serviços gerais, na Escola de Ensino Fundamental Cedro Alto. Ele tinha histórico de hipertensão arterial e morreu na última sexta-feira, 3. Poucos dias antes de ser diagnosticado com doença, Rodrigues estava trabalhando na escola que teve quatro funcionários infectados.
De acordo com a secretária de Educação, Eliani Buemo, os decretos estaduais e municipais priorizam o trabalho remoto para servidores do grupo de risco. Porém, ela explica que não há como enquadrar no trabalho home office os servidores que ocupam cargos de auxiliar de serviços gerais e agentes de serviços especiais, cujas atribuições são de varrição e limpeza.
Segundo Eliani, no início da pandemia todos os trabalhadores foram afastados, mas com o tempo e com mudanças de decretos algumas atividades voltaram. “Alguns deles manifestaram por escrito e de livre desejo o retorno ao trabalho, e foi lhes concedido essa possibilidade. Foi o caso do servidor Leopoldo, que residia na frente da escola”, conta.
A secretaria explica que Leopoldo usufruiu férias do período de 3 de abril até 11 de junho. No dia 12 foi ponto facultativo no município e ele retornou ao trabalho apenas no dia 15 de junho. Entretanto, no dia 22 ele já havia se afastado por problemas de saúde.
“Importante esclarecer que nas unidades escolares do município não há aglomerações de pessoas, pois as aulas presenciais estão suspensas. Mas há necessidade da permanência equipe de limpeza para manter higienização, pois pais e responsáveis frequentam as escolas para buscarem os kits de merendas, as atividades que devem ser realizadas pelos alunos e também fica disponível para professores que não têm equipamentos”, ressalta.
No caso dos servidores do grupo de risco, Eliani explica que eles apresentaram um laudo e ficaram afastados. Todos que atuam neste período nas escolas recebem orientações e EPIs necessários, além de serem constantemente coordenados.
Casos na escola
De acordo com a direção da escola, uma funcionária entrou em atestado no dia 18 de junho por outro problema de saúde e não dos sintomas gripais. Porém, no fim de semana seguinte os sintomas começaram a aparecer.
Então, ela procurou um médico, foi feito o teste e na terça-feira, 23, ela ligou para escola e confirmou estar com coronavírus. Contudo, ainda na segunda-feira, 22, outras funcionárias foram afastadas e orientadas a buscarem a triagem para fazer os exames.