Servidores da Celesc paralisam atividades em Brusque
Paralisação durou meio dia de trabalho e teve o objetivo de pressionar pela indicação de um diretor para a estatal
Paralisação durou meio dia de trabalho e teve o objetivo de pressionar pela indicação de um diretor para a estatal
Trabalhadores da Celesc paralisaram as atividades na manhã desta quinta-feira, 26. Liderados pelo Sindicato dos Trabalhadores Eletricitários do Vale do Itajaí (Sintevi), eles reivindicavam a indicação de uma equipe para o conselho de administração da estatal. Simultaneamente à concentração dos sindicalistas, ocorreu a reunião da diretoria, em Florianópolis, que elegeu Nelson Santiago, ex-secretário de Comunicação do governo do estado, como o novo diretor de gestão corporativa e deu fim ao imbróglio. A escolha do conselheiro ficou para o dia 30 de abril, em assembleia.
No entanto, sem aviso, a paralisação pegou a população de surpresa. Wilson Boask esteve ontem por volta de 10h na agência da Celesc de Brusque para retirar uma segunda via da conta de energia, mas deu com a cara na porta. Ficou sabendo da falta de atendimento por meio de um aviso fixado na entrada do estabelecimento, que estava completamente fechado. “Agora é voltar de tarde para ver se estão trabalhando”, disse.
A mobilização ocorreu ontem durante toda a manhã e foi organizada em todo o estado pela Intersindical dos Eletricitários de Santa Catarina (Intercel), que reúne vários sindicatos regionais. Em nota pública, a Intercel informou da concentração dos trabalhadores e explicou as razões para o ato. “Por conta da ação de acionistas minoritários, a Celesc hoje está sem rumo”, dizia o comunicado.
Felipe Braga, presidente do Sintevi, afirma que a paralisação temporária foi coordenada com a reunião do conselho de administração para pressionar por uma decisão. “A paralisação é de um dia só e o motivo foi a indefinição do conselho e do governo da diretoria da empresa”, explica.
Segundo Braga, o período de um mês no qual o conselho que comandava a Celesc era interino foi marcado por indefinições que na prática refletiram na precarização do serviço prestado pela estatal. “Todas as decisões administrativas foram afetadas, como a compra de equipamentos, novos investimentos em subestações e outras melhorias. Por um mês não se fez como deveria”, diz.
O gerente da agência de Brusque da Celesc, Pedro Tridapalli, afirma que a reclamação de que os investimentos estavam prejudicados não procede. “Não houve nada disso, os investimentos continuaram, até porque tinha diretor interino”, rebate.