A greve dos servidores públicos dominou os debates na sessão de terça-feira, 25 de março, do Legislativo brusquense. Um grupo de servidores públicos municipais lotou o plenário da Câmara para pedir apoio do Legislativo nas negociações com a prefeitura, e solicitar que a Câmara forme uma comissão para participar das discussões sobre reajuste.
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Brusque (Sinseb) ainda diverge do Executivo no quesito percentual de reajuste. Os servidores pedem 12,8%; a prefeitura quer pagar 5,38%. “Não venha o governo tentar justificar que o servidor possui carreira. Os servidores honestos jamais ficarão ricos trabalhando no serviço público. Todos querem ganhos reais. Auxílio alimentação é bem-vindo, mas não é salário, não se leva para a aposentadoria”, ponderou Orlando Soares Filho, presidente do Sinseb.
O presidente da Câmara, Guilherme Marchewsky (PMDB), acatou o pedido do presidente do Sinseb e o Legislativo deve participar das próximas rodadas de negociações. Alessandro Simas (PR), Ivan Martins e Dejair Machado (PSD), Jean Pirola (PP), e Moacir Giraldi (PtdoB) se manifestaram na tribuna favoravelmente a um maior reajuste ser concedido aos servidores.
Machado e Roberto Prudêncio Neto (PSD) afirmaram que o pedido dos servidores tem como base o reajuste concedido aos médicos no ano passado. “Aquele projeto, ao privilegiar uma categoria, era inconstitucional”, avalia Prudêncio.
Do lado do governo, Marli Leandro (PT) disse esperar que nesta quarta-feira, 26, haja uma definição na negociação dos servidores com a prefeitura. “Reconhecemos que são justas as reivindicações feitas por essa categoria”, afirmou.
O projeto de reajuste para o funcionalismo público chegou no mesmo dia à Câmara, mas não foi colocado em votação porque o Legislativo ainda aguarda entendimento entre prefeitura e sindicato.