Um dos assuntos abordados na Audiência Pública organizada pelo GRUPIA na última quinta-feira, no auditório da Câmara Municipal de Brusque, foi a chamada “ideologia de gênero”. Trata-se de uma política cujo objetivo é implantar no Plano Nacional de Educação a ideia de que não nascemos como homem ou mulher, mas que nossa identidade sexual, ou de gênero, é construída culturalmente.
Como já havia ocorrido na tentativa de distribuir o tal “kit gay” nas escolas, a ideia é disseminar uma cultura homossexual, como modo de afrontar a cultura ocidental, fundamentada nas concepções da religião hebraico-cristã.
O governo está comprometido até o osso com esses movimentos de vanguarda e insiste para que suas teses se tornem política oficial de Educação.
O tema é gravíssimo, e não podemos mais, por escrúpulos de qualquer natureza, fingir que isso seja apenas um movimento natural, típico dos novos tempos.
A chamada ideologia de gênero é uma estratégia destrutiva, cuja maior vítima é a família. Ora, a forma mais eficaz de destruir a família é desvirtuar a sexualidade humana.
A diferenciação que se faz entre as palavras “gênero” e “sexo” já é parte dessa estratégia ideológica, uma vez que, não se podendo negar o sexo de um bebê, do ponto de vista anatômico, passa-se a negar sua “identidade sexual”. Por trás disso está o velho marxismo, que tenta se embrenhar por todos os espaços da cultura.
O objetivo de destruir a família, como a conhecemos, foi traçado por Friedrich Engels, colega de Karl Marx, que afirmou que a família é uma construção burguesa, baseada na desigualdade e na “ditadura” do masculino. A destruição da família é condição necessária para construir a sociedade igualitária comunista.
Ao que tudo indica, a estratégia vem sendo seguida à risca. Como a ideologia de gênero não passou no Congresso Nacional, o governo insistiu em aprová-la em âmbito internacional, através da Organização dos Estados Americanos (OEA), sendo rechaçado por boa parte dos países sul-americanos, que consideraram a proposta imoral e contrária à natureza e aos princípios cristãos.
Precisamos nos engajar num movimento contrário a essa tendência, um movimento que busque recuperar o sentido da sexualidade e da afetividade na formação da nossa identidade humana, colocando a razão e o espírito acima dos instintos, como nos ensinaram os filósofos gregos, os profetas hebreus e o cristianismo. Estamos perdendo terreno rápido demais para teorias duvidosas e destrutivas, que se pretendem modernas e científicas, mas que são apenas ideológicas.