Conforme prometido na conversa escrita desta semana (se não deu, leia, por favor, né?), senta que lá vem história. Lida na Billboard gringa e, convenhamos, difícil de esquecer.
A cantora Sharon Jones, que morreu semana passada, foi convidada, em 2007, para participar do grupo que iria acompanhar Lou Reed no palco, para o ahow que revisitou o álbum Berlin. A cantora mal sabia quem era Reed, conhecia basicamente o refrão de Walk on the Wild Side.
Foi lá, naquele clima de ensaio, e foi chamada por ele para um dueto. Ela contou em uma entrevista que “did my thing“. A “thing” parece ter sido demais para Reed: ela foi aproveitada praticamente nos backing vocals, apenas. Um tempo depois do show alguém contou para ela que Lou Reed tinha achado que ela tinha invadido o espaço do solo dele e preferiu dividir o microfone com outra pessoa. Em uma entrevista, perguntada sobre como tinha sido trabalhar com ele, Sharon Jones contou essa história.
E tudo teria ficado por isso mesmo… mas…
A apresentação ganhou uma sobrevida e recebeu a proposta de viajar para a Austrália. Sharon Jones incluída. Chegando lá, um jornalista que tinha feito sua lição de casa (e que provavelmente tinha uma boa inclinação para a fofoca), perguntou para Lou Reed se a história era real.
Em seguida, nos ensaios, Lou Reed chama Sharon Jones. Que treme nas bases. O que ele faz? Pede para que ela cante Sweet Jane com ele. Ela não conhecia a música, então ele tocou e cantou para ela e disse: cante do seu jeito. O resultado? Reed de olhos marejados, elogios mútuos e uma versão histórica do clássico do Velvet Underground.
Que a gente ouve agora – pena, sem as imagens para complementar bem complementada a historinha.