Sindicatos da região de Brusque recomendam negociação para tratar de faltas e dispensas

Embora com pontos de vista diferentes, entidades dizem que bom senso deve prevalecer

Sindicatos da região de Brusque recomendam negociação para tratar de faltas e dispensas

Embora com pontos de vista diferentes, entidades dizem que bom senso deve prevalecer

A compensação ou não de faltas e dispensas durante a greve dos caminhoneiros exige bom senso, na avaliação de sindicatos de Brusque. Devido à paralisação, algumas empresas dispensaram os funcionários por falta de matéria-prima. Em contrapartida, empregados também faltaram, seja pela falta de combustível ou por não ter com quem deixar os filhos.

Para a presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Brusque, Botuverá, Guabiruba e Nova Trento (Sindivest), Rita Conti, deve haver bom senso e negociação entre as partes para evitar prejuízos.

Segundo Rita, nos casos em que houve dispensa de funcionários a orientação é para que exista uma compensação de horas, mediante negociação.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação de Brusque, Botuverá e Guabiruba (sifitec), Marcus Schlösser, diz que a entidade não fez, durante a paralisação, recomendação específica aos associados, pois cada um tem a sua realidade.

Schlösser afirma que cada empresa tem a sua política interna. “[A recomendação] é no sentido de que cada um avalie [individualmente] o problema e a compensação de horas”.

Sem prejuízos
Os sindicatos que representam os trabalhadores entendem que os empregados não podem ser prejudicados. O Fórum Sindical de Brusque – que representa várias entidades – emitiu nota na qual recomenda a negociação e afirma que não pode haver desconto do trabalhador.

O Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Brusque e Região (Sintrafite) foi contatado por alguns trabalhadores que não puderam comparecer ao trabalho durante a greve. O presidente da entidade, Aníbal Boettger, afirma que os empregados têm responsabilidade de ir até o ambiente de serviço.

O sindicalista afirma que o entendimento é que o funcionário que vai com veículo próprio para o trabalho tinha a responsabilidade de comparecimento, independentemente da situação do abastecimento de combustível.

O transporte coletivo funcionou durante a greve, por isso até mesmo quem só usava veículo próprio tinha uma alternativa para ir ao trabalho. Neste caso, é passível o desconto.

Já nos casos em que a indústria dispensou o trabalhador por falta de matéria-prima, não há motivo para compensação, avalia Boettger. “O trabalhador não pode ser penalizado, ele não precisa compensar nem pode descontar das férias”.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário de Brusque e Guabiruba (Sintrivest), Marli Leandro, afirma que deve haver bom senso e negociação entre empresa e empregados. Ela também entende que não pode ocorrer o desconto na folha salarial.

Segundo Marli, o Sintrivest se coloca à disposição para auxiliar nessas negociações. Ela destaca que a convenção coletiva da categoria prevê possibilidade de compensação de horas.

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