Sindicatos negociam com grupo de empresários venda de imóvel da Schlösser
Contraproposta foi protocolada nesta semana; imóvel negociado pertence aos ex-trabalhadores da fábrica
Grupo representado pela imobiliária Moresco apresentou uma proposta de compra do imóvel pertencente aos ex-funcionários da Companhia Industrial Schlösser, localizado em frente à portaria da empresa – local onde funcionava o RH e o estacionamento.
Aníbal Boettger, presidente do Sintrafite, um dos sindicatos que representam os trabalhadores, afirma que a imobiliária apresentou duas propostas para o imóvel: R$ 3,7 milhões com pagamento à vista ou R$ 4,5 milhões divididos em 20 parcelas.
Entretanto, como o imóvel está avaliado em R$ 8 milhões, o Sintrafite e o Sindmestre apresentaram uma contraproposta, que é R$ 2 milhões de entrada e o saldo de R$ 6 milhões divididos em 30 parcelas. “Apresentamos esta contraproposta para a Moresco levar ao seu cliente porque a proposta deles está muito aquém dos R$ 8 milhões que vale o terreno”, diz Boettger.
A contraproposta foi protocolada pelo presidente do Sindmestre, Valdírio Vanolli, na quarta-feira, 17, e agora, os sindicatos aguardam uma manifestação da imobiliária para que possam levar ao conhecimento dos ex-funcionários que aguardam ansiosamente a venda do imóvel para receberem os seus direitos trabalhistas.
“Estamos otimistas. Esperamos uma manifestação do cliente para poder convocar uma assembleia e fechar a venda”, diz Boettger.
Venda do terreno da sede da empresa
Na terça-feira, 23, uma assembleia com os demais credores da Schlösser – bancos, fornecedores, Celesc – deve definir a venda da sede da fábrica.
Conforme O Município adiantou em reportagem publicada em abril, o imóvel recebeu propostas da imobiliária Moresco, no valor de R$ 22 milhões pagos à vista, ou R$ 24 milhões pagos em quatro parcelas iguais (R$ 6 milhões) e também da Oregon Administradora de Shopping Centers, de Brusque, no valor de R$ 28 milhões, pagos em parcelas diversas, em 66 meses.
Na época, o advogado da Schlösser, Guilherme Caprara, informou que as propostas seriam avaliadas pelos credores na assembleia.
Se concretizada, a venda da sede da empresa não servirá para pagar os trabalhadores ligados aos sindicatos que representam os trabalhadores.