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Síntese Biográfica do Barão Maximilian von Schneeburg – Final

Maximilian von Schneeburg nasceu em 28/10/1799, em Mils, Tirol, Arquiducado da Áustria, Sacro Império Romano-Germânico e passou grande parte da sua vida no Brasil. Foram cerca de 40 anos dedicados ao Governo Imperial, e os frutos de seus feitos aqui permaneceram. A ele cabe o mérito de ter organizado uma nova Comunidade no seio da […]

Maximilian von Schneeburg nasceu em 28/10/1799, em Mils, Tirol, Arquiducado da Áustria, Sacro Império Romano-Germânico e passou grande parte da sua vida no Brasil. Foram cerca de 40 anos dedicados ao Governo Imperial, e os frutos de seus feitos aqui permaneceram. A ele cabe o mérito de ter organizado uma nova Comunidade no seio da mata virgem, imprimindo-lhe educação cívica, moral, espiritual e cultural, aliada ao espírito de ordem e trabalho peculiares às etnias que então colonizavam o vale do Itajaí.

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Cabe a ele um preito de homenagem e justiça por sua extraordinária obra, especialmente, com relação às duas Confissões religiosas, católica e evangélica, em Brusque, durante todo o período de sua administração. Consolidando a Colônia, Schneeburg não descurou em proporcionar à sua gente, indistintamente, assistência moral e espiritual. Verifica-se em seus documentos, quando se referia à Igreja protestante, a confiança, dedicação e amizade que o ligava ao pastor Henrique Sandrescky. Tanto que, por várias vezes, confiou ao pastor a direção da Colônia quando, por força do cargo, viajava a Itajaí ou Desterro. Apesar de pedir com insistência, ele rogar, de implorar até, o nosso primeiro diretor não chegou a ver a Casa de Orações na sede da Colônia pela qual tanto se empenhou.

Um pouco sobre a rotina do Barão von Schneeburg
João Carlos Mosimann (2010) conta que não se sabe se o Barão costumava frequentar as tavernas, provavelmente não, e que o círculo de amizades do diretor naqueles primórdios da colônia parecia restringir-se aos raros homens diplomados da aldeia. Mas, segundo os próprios escritos do Barão, no início da noite ele costumava sair um pouco, vela de sebo na mão para iluminar o caminho, visitando o agrimensor Germano Thieme, que morava bem próximo da casa da Diretoria, ou o sr. Ewert Knorring, marido de Augusta von Knorring, primeira professora pública da Colônia. Morando na própria casa da Diretoria, na Stadtplatz, o Barão costumava ir jantar na casa particular do Dr. Eberhard, onde pagava pensão de alimentação.

Um adeus para nunca mais voltar
Seriamente doente, Schneeburg deixou sua querida Colônia em abril de 1867, com o “coração na mão”, para nunca mais voltar. Quase cego, portador de afecção ocular, o primeiro diretor da Colônia Itajahy-Brusque foi conduzido de canoa pelo colonizador Johann Kormann, imigrante alemão instalado em Guabiruba, sacristão e acompanhante do padre Alberto Gattone, até a vila de Itajahy. Kormann levou von Schneeburg ao veleiro que o conduziu até o Rio de Janeiro, e foi seu último amparo em terras catarinenses.

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A volta para a pátria de origem e a morte
Depois de algum tempo, sem encontrar os recursos médicos para o alívio de sua doença, e pouco antes da sua morte, Schneeburg voltou para sua pátria de origem. Viveu seus últimos dias junto à sua meia-irmã, residindo em Franzensbad nº 15, onde desviveu no dia 16/09/1869, aos 70 anos. Naquela época, Franzensbad, Cheb, pertencia ao Reino da Boêmia, Império Austro-Húngaro, e hoje pertencente à República Tcheca. Foi sepultado no cemitério paroquial em Franzensbad, no dia 18/09/1869, e o padre St. Johan Wenig, de Cheb, realizou a cerimônia fúnebre.

Homenagens póstumas ao 1º Diretor da Colônia
Em dezembro de 1964, o Barão foi homenageado em Brusque, quando a praça pública do centro da cidade, inaugurada em 1º de maio de 1951, passou a ser denominada Praça Barão von Schneeburg.

Em 2017, o Barão Maximilian von Schneeburg foi homenageado como Patrono da Academia de Letras do Brasil de Santa Catarina, Seccional de Guabiruba, instalada em 21 de outubro de 2017.