Tema da Campanha da Fraternidade, superação da violência será abordada na região
Padres destacam que as agressões acontecem, muitas vezes, dentro de casa
A Igreja Católica elegeu “Superação da Violência” como tema da Campanha da Fraternidade de 2018. Assunto atual devido aos alarmantes índices de criminalidade do Brasil, ele será abordado até o fim deste ano nas paróquias de Brusque.
À primeira vista, o combate à violência parece remeter à situação nas grandes cidades e capitais. No entanto, padre Adilson José Colombi, vigário da Paróquia São Luís Gonzaga, explica que o assunto é mais profundo.
“A maioria dos atos de violência não estão nas drogas, é no ambiente doméstico”, avalia. São crimes que ficam muitas vezes impunes, cujas vítimas se calam porque o agressor, às vezes, é parente. O sacerdote destaca que isso acontece também em Brusque.
Padre Adilson ressalta que a campanha deste ano revela que as maiores vítimas de violência são mulheres, crianças e idosos. Ela convida os fiéis a repensarem a cultura da violência e mudar seus hábitos.
Aplicação
A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) definiu o tema da campanha e enviou um documento às dioceses de todo o país. As paróquias, por consequência, têm a tarefa de trabalhar a questão da violência junto com os fiéis.
“Pastorais, movimento e paróquias são convidados a tratar do tema da paz nos seus encontros”, explica o padre Carlos Chiquim, da Paróquia São Judas Tadeu, no bairro Águas Claras. Os sacerdotes também são orientados a tratar do tema da Campanha da Fraternidade nas celebrações, sobretudo neste tempo de Quaresma.
Mais envolvido nas questões sociais, a Igreja Católica também sugere a fiéis e religiosos que se engajem em conselhos comunitários. Em Brusque, comenta o padre Carlos, a comunidade participa do Grupo de Proteção da Infância e da Adolescência (Grupia), por exemplo. Há, ainda, os grupos de novenas.
Formação
Local de aprendizado contínuo, o Seminário de Azambuja também é envolvido na Campanha da Fraternidade de 2018. O reitor Francisco de Assis Wloch diz que a questão da violência será debatida durante o ano com os seminaristas.
“Aqui, são internos. Esses aspectos são sempre lembrados no dia a dia, porque o objetivo geral é a maior conscientização”, diz o reitor do seminário.