O temporal que atingiu Brusque, parte de Guabiruba e Botuverá no fim da tarde de quarta-feira, 26, não feriu nem causou a morte de pessoas, mas trouxe muitos prejuízos materiais.
Segundo boletim da Epagri/Ciram as rajadas de vento que atingiram Santa Catarina ficaram entre 60 e 90km/h. Um balanço divulgado pela Defesa Civil de Brusque na noite de ontem, informou que as áreas mais atingidas foram as regiões da rodovia Antônio Heil, rua São Pedro e rua Axel Krieger. O diretor de Defesa Civil, Evandro de Mello do Amaral, afirmou que 25 quedas de árvores foram contabilizadas sobre residências e fiação elétrica. “Uma residência foi totalmente destelhada, várias outras tiveram destelhamento parcial e diversas placas foram derrubadas”. Também foram registradas quedas de três árvores sobre a Escola de Ensino Fundamental Padre Theodoro Becker, bairro Batêas, que danificou parte do telhado, e a interdição da ponte pênsil do bairro Limoeiro.
De acordo com Amaral, 500 metros de lonas foram distribuídos para as pessoas afetadas, e o trabalho de acompanhamento da situação continua. “Os agentes da Defesa Civil estão nas ruas fazendo as avaliações das ocorrências e orientando a comunidade”. Com a previsão de chuva para hoje e amanhã, os moradores de Brusque devem ficar atentos e relatar os problemas para o telefone de emergência da Defesa Civil: 199.
E o vento levou…
Os ventos fortes também arrasaram o reservatório com capacidade para 2 milhões de litros de água, importado da Inglaterra, e que seria instalado no bairro Nova Brasília.
O tanque terá de ser totalmente substituído, o que atrasará a entrega final do empreendimento. Conforme comunicado divulgado pela Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura de Brusque, o prejuízo da empresa inglesa Permastore Tankes & Silos Ltda, que terá de fornecer um novo reservatório, está estimado entre R$ 400 mil e R$ 500 mil.
Com o temporal de quarta-feira, 27 mil unidades consumidoras foram afetadas (indústrias, comércios e residências) em Brusque, Guabiruba e Botuverá, pelas diversas quedas de árvores ou contato de objetos com a rede elétrica. Segundo Pedro Tridapalli, gerente da Celesc em Brusque, até o fim da manhã de ontem, cerca de 1100 unidades consumidoras ainda estavam sem energia em Brusque, mas o fornecimento foi restabelecido em 100% antes das 18h, como estava previsto.
Prejuízos
Tridapalli explicou que poucos postes foram quebrados, mas muitos cabos foram rompidos e o tempo para recuperação de um condutor de eletricidade é longo: “levamos de uma hora a uma hora e meia para fazer as emendas”.
Segundo Tridapalli, para a empresa o prejuízo é considerado irrisório. A estrutura física foi pouco danificada: foram somente dois postes danificados e um transformador queimado, mas o maior prejuízo é a insatisfação da população, que ficou de três a 24 horas sem energia.
* Leia a reportagem completa na edição impressa do Jornal MDD de sexta-feira, 28.