Toques da semana: atentados, Jetsons e filmes do Oscar.
Uma nova ferida no mundo
Semana passada, nossa conversa principal foi sobre o atentado terrorista em Manchester, no final do show de Ariana Grande. Nem deu tempo de cicatrizar as memórias e… passamos a noite de sábado recebendo notícias sobre o novo atentado, agora em Londres. O mundo, como diz aquela letra genial do Karnak, está muito doente. É a violência que gera violência que gera violência, até que a gente perca completamente a sensibilidade para os números que marcam a quantidade de mortos e feridos em cada ataque, seja oficial, cometido por exércitos regulares, ou por organizações que nós chamamos de terroristas.
É tudo terror. No final, a gente lembra da frase de John Donne, aquela que foi citada por Hemingway: não pergunte por quem os sinos dobram, eles dobram por você. Nós somos os mortos, os feridos, os ISIS, os Trump.
O show que Ariana Grande e convidados fizeram ontem, com transmissão online ao vivo, em honra das vítimas de Manchester, já entrou para a História.
O filme dos Jetsons
A vontade é antiga: a Warner, que detém os direitos do catálogo de Hanna-Barbera, parece que finalmente vai produzir um longa de animação retomando os personagens da família espacial mais famosa da TV (os Robinson de Perdidos no Espaço que nos perdoem, mas o posto é mesmo de George, Jane, Judy, Elroy, Astro e da robô Rosie).
Não é a primeira vez que os Jetsons ganham uma história para cinema: em 1990, ganharam um filme bastante próximo do original, com Hanna e Barbera como diretores e muitas das vozes originais. Tem no YouTube, em versão paga.
A versão moderna deve ter o codiretor de Festa da Salsicha, Conrad Vernon, na direção.
O tamanho da janela
Como você se sente vivendo em um mundo que muda o tempo todo? Não se preocupe: você pode sentir satisfação e confusão ao mesmo tempo, ninguém vai achar estranho.
Isso a propósito de uma percepção bem interessante: quatro filmes da lista principal do Oscar deste ano já estão disponíveis na Netflix: o vencedor Moonlight, Lion (aquele com a Nicole Kidman), Até o Último Homem, de Mel Gibson e o não muito conceituado Jackie, com Natalie Portman.
Até pouco tempo, o período entre o lançamento em cinema e a chegada de um filme na TV por assinatura (equivalente ao streaming) era de pelo menos um ano. Finalmente, uma aceleração desejável!