Trabalhadores do setor têxtil fazem manifestação nas ruas de Brusque por melhores condições salariais

Em assembleia, eles decidiram que este não é o momento adequado para a categoria paralisar as atividades

Trabalhadores do setor têxtil fazem manifestação nas ruas de Brusque por melhores condições salariais

Em assembleia, eles decidiram que este não é o momento adequado para a categoria paralisar as atividades

Em assembleia realizada no fim da tarde desta quinta-feira, 24, trabalhadores do setor têxtil de Brusque decidiram encaminhar uma modificação à proposta de negociação coletiva referente aos anos de 2018 e 2019. A proposta de alíquota do adicional noturno, que antes era de 30%, foi reajustada para 38%.

Eles também saíram às ruas e fizeram uma manifestação contra os empresários do setor, exigindo melhores condições salariais

Na assembleia, feita na sede do sindicato que representa os trabalhadores – Sintrafite -, eles esperavam deliberar sobre uma contraproposta do sindicato patronal (Sifitec) em relação aos pedidos de melhoria salarial feitos pela categoria.

Além dos 30% de adicional noturno – agora 38%, os trabalhadores solicitam 5% de reajuste salarial e piso de R$ 1.350 para a categoria. No entanto, a deliberação foi prejudicada porque, segundo o presidente do Sintrafite, Aníbal Boettger, não chegou nenhuma contraproposta patronal durante esta semana.

Os trabalhadores estão em estado de greve, e nesta quinta-feira poderia ser deliberada a deflagração de uma greve. No entanto, isso não ocorreu porque eles entendem que, com a greve dos caminhoneiros, não é momento adequado para se debater o tema, devendo-se esperar a situação se normalizar.

Aliás, segundo Boettger, a assembleia teve menos participação porque diversos trabalhadores, sem gasolina, não puderam ir até a sede do Sintrafite.

A proposta mais atualizada apresentada pelo sindicato patronal concorda com o piso de R$ 1.350, mas estabelece um reajuste de R$ 3,5% e adicional noturno de 25%, cláusulas já rechaçadas pelos trabalhadores.

A mudança no adicional
A modificação na proposta de adicional noturno foi discutida durante a assembleia motivada por questionamento dos trabalhadores.

Eles abordaram o fato de que a proposta de que seja pago 30% de adicional aos novos contratados poderá gerar demissão e rotatividade no setor.

Isso porque os trabalhadores que já estão nas empresas recebem 38% de adicional noturno. Há temor de que eles sejam demitidos para que novos, recebendo 30%, sejam admitidos.

Equalizando o valor recebido por novos e antigos, o sindicato acredita que não haverá risco de rotatividade.

O Sintrafite irá redigir a nova proposta e encaminhar ao Sifitec nos próximos dias, quando cobrará uma posição sobre o tema. Só depois disso é que será marcada uma nova assembleia.

 

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