Triatletas brusquenses almejam ficar entre os seis primeiros colocados no Jasc

Atletas e comissão técnica da Atribrusque se preparam para os desafios na praia de Cabeçudas, palco da competição de triatlo dos Jogos Abertos de Santa Catarina

Triatletas brusquenses almejam ficar entre os seis primeiros colocados no Jasc

Atletas e comissão técnica da Atribrusque se preparam para os desafios na praia de Cabeçudas, palco da competição de triatlo dos Jogos Abertos de Santa Catarina

Das modalidades dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc), nenhuma exigirá mais preparo físico do que o triatlo. Serão 750 metros de natação, 20 quilômetro de ciclismo e mais 5 de corrida. Não bastasse a intensidade do percurso e a necessidade de rápida adaptação durante a alternância dos três esportes, os atletas precisam também enfrentar as adversidades climáticas, do solo e do mar da praia de Cabeçudas, em Itajaí.

Por fim, Brusque terá mais uma conhecida dificuldade para acumular pontos na modalidade. Segundo o coordenador do triatlo brusquense, Sandro Alex Lemmermeier, as contratações de triatletas profissionais por outros municípios praticamente define as colocações. “Hoje, os Jasc contam, tranquilamente, com os 20 melhores triatletas brasileiros competindo. Nem se Brusque quisesse contratar alguém competitivo conseguiria, pois já estão todos representando outras cidades catarinenses”, afirma.

Brusque não inscreveu atletas no naipe feminino, o que impedirá o município de pontuar como equipe dentro da modalidade. Para que o município concorra por equipe é preciso participar da prova no naipe masculino com um mínimo de três atletas e no feminino com ao menos duas, desde que estas completem a prova. O triatlo será realizado no dia 23, um domingo, com início previsto para as 8h.

Projeção
Lemmermeier reconhece que a equipe brusquense de triatlo não buscará medalhas nos Jasc. Mas, comparado com o ano passado, a expectativa é de um melhor resultado. Em 2013, Brusque ficou na nona posição, o que não gerou pontos para o município na classificação geral. O coordenador estima que seus atletas consigam destaques individuais. “Nossa briga será pelo 5º ou 6º lugar”.

O coordenador é quem comanda os treinos dos atletas que integram a Associação de Triatletas de Brusque (Atribrusque). Segundo ele, desde 2009, quando a associação foi formada, houve uma explosão na procura pela modalidade. “Nós contávamos com apenas nove integrantes, já conhecidos de décadas. Hoje, somos 30 atletas”.

Treino puxado
Para conquistar bons resultados nesta edição da competição, os quatro atletas que representarão Brusque treinam todos os dias da semana. São sete dias de exercícios alternados, focados na melhora dos tempos de cada competidor nos três esportes que envolvem o triatlo.

O treino de natação, comandado por José Armando Vasquez Soto, o Bay, é realizado na segunda, na quarta e na sexta-feira. Por uma hora, os competidores nadam na piscina da Extreme Academia.
Terça-feira é dia de pegar a estrada. Na Rodovia Antônio Heil, os atletas pedalam desde o Senac até o cruzamento da estrada com a BR-101. No retorno, deixam as bicicletas dentro de seus carros e correm por mais 8 quilômetros. Na quinta-feira, são de 50 a 60 quilômetros de pedalada.

O fim de semana visto por muitos como período de descanso, é quando o treino dos triatletas se intensifica. “São ‘longões’ com ciclismo entre 100 e 180 quiômetros e mais 8 quilômetros de corrida. Sábado e domingo a gente começa os treinos às 6 horas e só termina por volta das 16”, explica Liemmermeier. O percurso normal dos triatletas nos dois dias de fim de semana é até o município de Tijucas.
É importante aprimorar a corrida, pois caso o mar não esteja em condições favoráveis para a competição – como ocorreu nos Jasc em 2012 – a prova será readaptada. Serão 5 quilômetros de corrida, 20 de nado e mais 5 de corrida.

Quer surpreender

Nos quatro anos que participou dos Jasc, José Ribamar Arruda, o Ribamar, sempre ficou na melhor posição entre os brusquenses. Para este ano, o triatleta quer melhorar seus tempos na competição estadual. Ano passado, apesar de superior aos demais atletas brusquenses, Ribamar ficou apenas na 26ª posição.

Para subir na classificação da modalidade, já traçou seu plano: Vai aprimorar a técnica no esporte que tem menos afinidade, a natação. “Estou reduzindo meu tempo de corrida e de pedalada para me dedicar mais aos treinos na piscina. Eu já era corredor profissional, e não tive dificuldades em me adaptar à bicicleta, mas a natação é meu fraco”, confessa. Ribamar iniciou como triatleta em 2010.

As dificuldades para se manter competindo na modalidade, no entanto, não são poucas para o vendedor que já não consegue dedicar toda a sua vida ao esporte. “Me sustentei somente como atleta profissional pela vida toda. Agora as coisas estão mais difíceis”.

Ele credita a má fase do esporte catarinense à ganância dos organizadores de competições. Segundo o atleta, ‘hoje paga-se pouco’ e, às vezes, nada, aos campeões, mesmo com taxas de inscrição consideradas abusivas por Ribamar. “Sou o atual campeão do Circuito dos Vinhedos, de São Joaquim. Precisei pagar R$ 150 pela inscrição. O que ganhei? Um litro de vinho, que não bebi até hoje. Isso desestimula qualquer atleta”, confessa.

Triatletas representantes de Brusque nos Jasc
José Ribamar Arruda
Sílvio César Schlichting
Fabiano Martins
André Montibeller

 

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