Troca de governo e período eleitoral atrasam inaugurações de ponte no Centro e creche no Emma II, em Brusque
André Vechi diz que governo anterior não deixou recursos para acessos à ponte; Ari rebate crítica
André Vechi diz que governo anterior não deixou recursos para acessos à ponte; Ari rebate crítica
O governo do prefeito interino André Vechi (DC) apresentou na segunda-feira, 7, um parâmetro das obras que estavam prestes a ser inauguradas quando o ex-prefeito Ari Vequi teve o mandato cassado.
Um dos objetivos era que a ponte do Centro fosse inaugurada no dia 3 de agosto. A expectativa de conclusão passou para setembro. André comenta que a obra segue dentro do prazo, apesar de não ter sido entregue no dia 3.
“A gestão anterior não deixou o projeto do acesso e nem recurso para execução. Vamos ter que fazer desapropriações que eles esqueceram por falta de planejamento. Eles colocaram a ponte quase que ‘de cara’ com o muro de uma residência”, afirma.
Algo semelhante acontece também com o Centro de Educação Infantil (CEI) Professor Raul Amorim, na localidade do Emma II. O prefeito interino comenta que, durante o período eleitoral, não é possível realizar concurso para contratar profissionais e nem inaugurar obras.
Ari Vequi, por outro lado, diz que as mudanças no secretariado de André ocasionaram no atraso da obra da ponte. O ex-prefeito comenta que havia até show contratado para a inauguração.
“Nós iríamos inaugurar a ponte no dia 3 de agosto. As mudanças que ele (André) fez nas secretarias levaram ele a causar o atraso na obra. O então secretário de Obras na época também havia se responsabilizado por entregar os acessos principais até a data”, responde Ari.
O ex-prefeito detalha que negociava um terreno do Sesc, que também seria um dos acessos à ponte. No entanto, segundo Ari, as negociações pararam com a cassação.
André diz que manteve as negociações inicialmente. Segundo o prefeito interino, o terreno é avaliado em R$ 1,6 milhão, valor considerado alto pelo chefe do Executivo. O governo não vai dar continuidade às conversas.
“Devido ao decreto de contenção de despesas em razão da maior crise fiscal das últimas décadas, não temos dinheiro em caixa e temos outras prioridades com R$ 1,6 milhão. O acesso é importante, mas não deixa a ponte sem função”, justifica André.
Por fim, Ari Vequi poupa críticas a André e culpa o processo de cassação pelo atraso das obras. Para o ex-prefeito, se não fosse a saída dele da prefeitura, tanto a ponte quanto a creche estariam em funcionamento atualmente.
“O processo de cassação atrapalhou. O que foi feito atrapalhou a cidade. Hoje, poderíamos ter a ponte e a creche abertas. Isso é culpa do autoritarismo de alguém, que não vou dar o nome, que nos tirou [da prefeitura]”, finaliza Ari.
Desenvolvedor de Guiné-Bissau, na África, conheceu Brusque após contato no LinkedIn: