Troca-troca de prefeitos custou quase de R$ 1 milhão aos cofres públicos de Brusque
Houve mais de 400 exonerações na prefeitura em pouco mais de um ano
Houve mais de 400 exonerações na prefeitura em pouco mais de um ano
Desde a primeira troca no governo municipal decorrente da cassação do ex-prefeito Paulo Eccel pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as sucessivas mudanças no quadro de servidores de confiança do prefeito oneraram o município em R$ 935,4 mil.
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Esse é o custo da frequente exoneração de cargos da confiança dos prefeitos, que já foram três em menos de dois anos. Cada vez que um prefeito deixou a prefeitura, levou consigo seus cargos de confiança, que, por força de lei, têm indenizações a receber.
Segundo o departamento de Recursos Humanos da Prefeitura de Brusque, o servidor comissionado, quando exonerado, tem direito a receber férias e 13º proporcionais ao tempo trabalhado, além dos dias trabalhados no mês de sua exoneração.
Ainda conforme o RH, o servidor comissionado não tem direito a receber a indenização relativa à falta de aviso prévio, nem ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Ainda assim, o impacto na folha de pagamento é visível.
Ao contrário dos servidores efetivos, que só podem ser exonerados mediante processo administrativo disciplinar, os comissionados podem ser mandados embora de acordo com a vontade do prefeito.
Conforme os dados enviados pela Prefeitura de Brusque ao Município Dia a Dia, foram 421 exonerações entre março de 2015 e junho de 2016, período em que ocorreram trocas no comando do poder Executivo.
Só nos primeiros dois meses de governo de Roberto Prudêncio Neto (PSD), 75 servidores comissionados foram demitidos. O impacto imediato dessas demissões foi de quase R$ 270 mil aos cofres públicos, pagos em indenizações aos servidores.
Quando o ex-prefeito interino decidiu demitir os comissionados em janeiro deste ano, como medida de economia de cerca de R$ 1,5 milhão, foi necessário o pagamento de mais de R$ 350 mil em indenizações. A maior parte, porém, foi recontratada logo no mês seguinte.
Impacto grande também ocorreu quando Bóca Cunha assumiu: 50 exonerações somente em junho deste ano, que custaram quase R$ 100 mil ao erário. Nos meses de julho e agosto, novas exonerações aconteceram, o que aumentou a conta da crise política.