Rosemari Glatz

Reitora da Unifebe

Um conto de Natal em dois capítulos – Parte 1

Rosemari Glatz

Reitora da Unifebe

Um conto de Natal em dois capítulos – Parte 1

**DIAGRAMAR COM ESPAÇOS ENTRE OS PARAGRAFOS **INSERIR ALGUMA COISA NATALINA

Rosemari Glatz

É tempo de Natal e queremos convidar a criança que existe em você para, por alguns instantes, deixar de lado a correria de final de ano, as preocupações de adulto e permitir que o imaginário flua… “Desligue um pouco” e aproveite o presente que preparamos para você: um Conto de Natal em 2 capítulos!

“Helena e Gabriel saíram da igreja encantados com a decoração diferente e colorida e com a guirlanda gigante aos olhos das pequenas crianças. Helena, sempre muito curiosa, perguntou à avó Caterina (que era carinhosamente chamada de ‘Omi’ pelos netos):

– Omi, o que era aquela coroa gigante, com as quatro velas coloridas? Gabriel completou a pergunta:

– E por que apenas duas das velas estavam acesas? Helena e Gabriel eram irmãos gêmeos, e costumavam compartilhar as mesmas dúvidas e curiosidades.

– A guirlanda é um símbolo do Advento, respondeu Omi. Ela é feita de galhos verdes entrelaçados, formando um círculo, no qual são colocadas fitas e quatro grandes velas representando as semanas do Advento. O avô finalizou a explicação, dizendo:

– A cada domingo do Advento uma vela é acesa; no primeiro domingo uma, no segundo duas e assim por diante até serem acesas as quatro velas. É um convite para purificar nossos corações e nos preparar para a grande festa do nascimento do menino Jesus. As crianças passavam férias com os avós – Carlos e Caterina – , e aproveitavam tudo: queriam assistir ao desfile, ver o Pelznickel e enfeitar o pinheirinho de Natal. Quando se aproximaram do centro da pequena cidade, Helena exclamou, alegre:

– É música de Natal, escutem os sininhos! Logo os primeiros personagens começaram a aparecer. O desfile era rico em adornos, com crianças e adultos se misturando entre o colorido das luzes: era o Natal Iluminado! A banda de sinos abria o desfile. Crianças tocavam músicas natalinas e pequenas bailarinas dançavam ao som da canção “Natal Mágico”. Era puro encantamento. Gabriel olhava admirado para os bonecos que imitavam bolachas natalinas. Então, a Cantata de Natal passou anunciando a próxima atração: o Presépio Vivo. Logo em seguida, vinha São Nicolau acompanhado das Christkindl.

– Por que essas mocinhas vestidas de branco tem um véu no rosto, Vô? Elas estão parecendo uma noiva, disse Gabriel. O avô respondeu:

– Conta a lenda que Nicolau havia se casado com várias mulheres, e sempre solicitava que elas entregassem presentes às crianças pobres. Por isso elas aparecem vestidas de noiva e o acompanham distribuindo presentes. São chamadas de Christkindl – que significa bondade. Algumas crianças e adultos olhavam assustados para a atração seguinte que já se aproximava: o Pelznickel. Helena – sempre tão corajosa, pediu colo e se agarrou forte no pescoço da avó, dizendo:

– Omi, quem são esses bichos feios? Estou com medo! Enlaçando a neta num carinhoso e protetor abraço, Omi explicou:

– É o Pelznickel, minha querida. Um personagem da tradição alemã que vive no mato da Guabiruba e que no tempo de Natal sai para cobrar a obediência. Os Pelzinickel foram se aproximando: alguns vinham em grupos e tinham nas mãos chicotes, correntes ou varas. Um deles, com chupetas infantis pendurados no chifre e com sinos no corpo, aproximou-se e perguntou:

– Vocês foram obedientes durante esse ano? Se não foram, vamos levá-los para o mato. Gabriel se agarrou às pernas do avô, e respondeu:

– Sim, nos comportamos bem. A pequena Helena estava com os olhos arregalados e agarrada ao pescoço da Omi, mas não chorou. O Pelznickel, então disse:

– Muito bem, crianças. Continuem a ser obedientes, respeitosas, ajudem o próximo e sejam tementes a Deus. Então ele se afastou, fechando o desfile.

Acompanhe, na próxima semana, a parte 2 do Conto de Natal. Ele é o nosso presente para a criança que existe em você!

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