Unifebe firma convênio com governo do estado para doação de corpos não reclamados no IML

Laboratório de Anatomia já conta com três cadáveres e um quarto deve ser liberado em breve

Unifebe firma convênio com governo do estado para doação de corpos não reclamados no IML

Laboratório de Anatomia já conta com três cadáveres e um quarto deve ser liberado em breve

O Centro Universitário de Brusque (Unifebe) firmou parceria com a Secretaria de Estado da Segurança Pública, por meio do Instituto Geral de Perícias (IGP), para poder receber cadáveres não reclamados junto aos Institutos Médicos Legais (IML).

Esses cadáveres fazem parte do laboratório de Anatomia do curso de Medicina da instituição. A parceria foi firmada no fim do ano passado e, atualmente, a Unifebe conta com três cadáveres que foram cedidos pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali).

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Um outro cadáver está passando pelos trâmites burocráticos e deve chegar em breve à instituição, vindo do IGP de Barra Velha.

O assessor jurídico da Unifebe, Ronaldo Uller, explica que existe uma legislação a seguir para o transporte e utilização desses cadáveres. De acordo com ele, esses corpos geralmente são de pessoas sem identificação e sem informações sobre familiares. “Antes do cadáver vir para a instituição, é preciso fazer uma publicação em jornal informando sobre a existência desse corpo, para que ele possa ser usado”, diz.

O coordenador adjunto do curso de Medicina da Unifebe, Antônio de Pádua Santos Lanna, explica que o laboratório de Anatomia é parte fundamental dos estudos de Medicina e também dá apoio à disciplina do laboratório morfofuncional. “Eles vão estudar os problemas e aplicar tanto no laboratório de Anatomia quanto no morfofuncional”.

Além dos cadáveres reais, o laboratório conta também com cadáveres sintéticos e outras peças que simulam partes do corpo humano. “Temos modelos de vértebras, esqueletos, ossos, e a mesa morfofuncional, com o corpo humano em 3D, atlas de histologia e anatomia interativo. Vamos tentar abordar várias faces do problema para garantir que o aluno tenha o melhor aprendizado”, destaca o coordenador.

De acordo com ele, os estudantes já têm contato com o laboratório de Anatomia desde o primeiro semestre do curso.

Campanha de conscientização
Lanna afirma que a intenção da Unifebe é fazer uma campanha de conscientização sobre o uso de cadáveres e também sobre a doação de corpos para estudo.

“É algo novo na cidade, então já estamos pensando em uma campanha para as pessoas saberem que existe a possibilidade de doação de seu próprio corpo para fins científicos. Às vezes isso causa insegurança porque as pessoas têm medo de doar e o corpo e não ser utilizado da melhor maneira, mas não é isso que acontece. É com os cadáveres que os alunos de Medicina vão aprender e depois salvar vidas”.

Doação de corpos
Em 2017, O Município noticiou que o corpo de Anderson Fraga dos Santos, na época com 48 anos, foi doado para a Univali logo após o velório. Ele sofreu um infarto fulminante.

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A iniciativa de utilizar o corpo para estudos era uma vontade dele. A esposa, Josi Garcia dos Santos, contou à reportagem que o casal tinha um acordo de que se algo acontecesse para algum deles, não haveria velório e nem enterro, apenas a doação do corpo.

Quem tiver interesse em doar seu corpo após a morte, pode procurar uma instituição de ensino e oficializar a intenção.

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