Vereador propõe criação de um banco de sangue municipal
Leonardo Schmitz quer incentivar os moradores de Brusque a doar
Leonardo Schmitz quer incentivar os moradores de Brusque a doar
O vereador Leonardo Schmitz (DEM) encaminhou ao prefeito um anteprojeto de lei sobre políticas de incentivo à doação de sangue em Brusque. Ele também sugere a análise de viabilidade para a criação de um banco de sangue municipal.
O vereador diz que hoje o Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc) de Blumenau atende cerca de 50 cidades, e que por isso ter um banco de sangue em Brusque seria um grande avanço. No entanto, ele argumenta que o principal objetivo do anteprojeto é incentivar a doação.
Schmitz propõe que seja instituído no calendário municipal o Dia Mundial do Doador de Sangue, comemorado em 14 de junho, além da realização de trabalhos de conscientização nas escolas e de políticas públicas para descontos a doadores contínuos.
“Lancei como anteprojeto para o Executivo analisar se há possibilidade de vir para Brusque, mas o que destaco, que é a chave da proposta, é incentivar as pessoas a serem doadoras de sangue”.
Legislação proíbe
Contrapondo o vereador, o secretário de Saúde de Brusque, Humberto Fornari, diz que a criação de um banco de sangue na cidade é proibida pela legislação, já que o Hemosc é que concentra a coleta e a classificação de sangue no estado.
“Não há possibilidade alguma de um banco de sangue aqui por uma questão de legislação. Nos reportamos a Blumenau. Além disso é necessário vigiar de maneira intensiva o material devido a doenças infectocontagiosas”, defende.
Fornari sugere, no entanto, a unificação da agência transfusional (unidade hemoterápica que armazena sangue e seus derivados para procedimentos médicos) dos hospitais Azambuja e Dom Joaquim. “A unificação das agências daria mais segurança à comunidade, pois proporcionaria mais acessibilidade e evitaria desperdício”.
Atualmente apenas o Azambuja possui agência transfusional, com atendimento 24 horas e profissionais especializados na captação de sangue. Assim como o secretário de Saúde, o administrador da unidade hospitalar, Fabiano Amorim, explica que por questões de legislação é vedada a criação de um local de captação de sangue no município.
“Por normais legais não é possível, quem capta é o hemocentro, é necessário todo um cuidado para isso”.