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Vereadores criticam excesso de multas na rodovia Antônio Heil

Para eles, fiscalização de velocidade deve ser feita em pontos visíveis pelos motoristas

Na sessão desta terça-feira, 11, os vereadores criticaram o excesso de multas que têm sido aplicadas na rodovia Antônio Heil, pela Polícia Militar Rodoviária.

Conforme reportagem do jornal O Município publicada no mês passado, foram pouco mais de 10 mil multas aplicadas pelo radar móvel da polícia de janeiro a julho deste ano.

Os vereadores criticam o fato de os policiais ficarem em pontos estratégicos da rodovia que dificultam a visão antecipada do motorista e contribuem para que sejam flagrados fora dos limites de velocidade com mais frequência, o que, para eles, acaba gerando uma indústria da multa.

“Esses dias fui questionado se esse valor das multas volta para Brusque. Para onde vai esse dinheiro? O que acontece em nossa rodovia é uma vergonha”, diz o vereador Ivan Martins (PSD).

O vereador Leonardo Schmitz (DEM) ressalta que a fiscalização de velocidade nas rodovias é importante, entretanto, não pode ser feita de forma escondida. Para ele, o motorista deve saber que está trafegando em uma via monitorada.

“De Brusque a Gaspar temos várias lombadas eletrônicas. Todo mundo sabe que tem, e respeita. É bem sinalizada, o motorista sabe que se não respeitar levará multa. Agora, com o radar móvel fica complicado”.

Durante a discussão, os vereadores lembraram da lei aprovada em 2014, que proíbe a utilização de radares móveis nas ruas do município. Na época, o projeto teve muita repercussão e travou uma verdadeira guerra entre os que apoiavam a ideia do então prefeito Paulo Eccel (PT) e os que eram contrários.

Alessandro Simas (PSD), autor do projeto, lembrou que o município só pode contratar equipamentos que possuam avisos sonoros e luminosos, as lombadas eletrônicas, que informam aos motoristas do excesso de velocidade. “Radar sem sinalização é para arrecadar. Concordo com as lombadas eletrônicas, mas radar móvel, não”, diz.

O vereador José Zancanaro (PSB) destaca que é preciso mais conscientização da população sobre os limites de velocidade. Para ele, a fiscalização nunca será suficiente se não tiver educação no trânsito.