Vereadores da Câmara de Brusque criticam Tunning Party
Para a oposição, prefeitura autorizou realização do evento no Centro "por vingança"
Para a oposição, prefeitura autorizou realização do evento no Centro "por vingança"
Na sessão de ontem do Legislativo, vereadores criticaram a Prefeitura de Brusque por ter autorizado a realização da Tunning Party Brasil – evento de som automotivo – no pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof. Realizado do domingo, 29, o evento teve mais de 100 reclamações registradas por perturbação do sossego.
Para a vereadora Marli Leandro, líder do PT, a prefeitura autorizou a realização do evento por vingança, já que a antiga gestão havia vetado a Tunning Party no Centro. “Não se se pode dizer se é vingança, inconsequência, irresponsabilidade”, disse. “Quando os policiais foram atender os chamados, presenciaram moradores com crise de dor de cabeça em virtude da situação estressante”.
Marli lembrou que há uma lei aprovada, oriunda de projeto de autoria de Dejair Machado (PSD), que institui o programa sossego público, que regulamenta justamente a proibição ao som alto em área residencial.
“E aí vem o Executivo novamente, por vingança boba, aprovar novamente o evento, e deixar fazer no centro da cidade”, disse a vereadora. Marli disse, ainda, que o evento não contribuiu com a economia da cidade. “Liguei para os hotéis para saber quantos hóspedes receberam por conta do evento. Nenhum foi registrado. Muito pelo contrário, os hóspedes que vieram passar o fim de semana saíram mais cedo”.
O vereador Norberto Maestri, o Kito (PMDB), também criticou a prefeitura por ter liberado o evento. Ex-secretário de Turismo, Kito foi um dos responsáveis por ter negado aos organizadores a utilização do pavilhão para o evento, em 2014.
“Eu fico triste porque na época a gente viu o apelo da população. Não somos contra o evento, demos três outras opções de locais distantes”, disse Kito. “Nossa cidade não merece esse evento aqui no Centro, por causa da magnitude do som”.