Vereadores do Novo anunciam posição contrária à reforma administrativa do governo André Vechi
Felipe Hort protocolou emenda ao projeto
Felipe Hort protocolou emenda ao projeto
Os vereadores do partido Novo, Felipe Hort e Rick Zanata, anunciaram posicionamento contrário à reforma administrativa do governo André Vechi (PL). O texto será votado na Câmara de Vereadores nesta sexta-feira, 10, em sessão extraordinária.
Felipe Hort criticou a chegada do projeto ao Legislativo em regime de urgência. A reforma administrativa não passará pelas comissões da Câmara, que ainda não foram criadas. O parlamentar anunciou também que protocolou uma emenda na tarde desta terça-feira, 8.
“Comprometido com a responsabilidade ao dinheiro público, este vereador coloca em discussão que, para a nomeação de qualquer cargo comissionado, o prefeito, por meio de decreto, deverá estabelecer requisitos e critérios mínimos para a seleção do escolhido”, comenta.
“No contexto em que se encontra, como líder do Novo, meu voto será contrário à reforma”, completa, em nota encaminhada ao jornal O Município.
Rick Zanata disse que é contra a criação de novos cargos. Na ocasião, a reforma proposta pelo governo André Vechi prevê a criação de 21 novas funções no Executivo. “Na minha opinião, precisamos enxugar a máquina pública e não torná-la maior”. Ele também é crítico à chegada do projeto em regime de urgência.
Apesar de declarar voto contrário à reforma, Rick não participará da sessão extraordinária nesta sexta. O vereador está em viagem aos Estados Unidos com a família. De acordo com ele, a sessão foi marcada quando ele já estava no exterior.
A vereadora Elizabete Eccel, a Bete (PT), ainda não definiu o voto, segundo fontes ligadas a ela. No entanto, ao jornal O Município, a parlamentar fez críticas à reforma. Ela considera que algumas pastas estão com “estrutura demasiada”.
Ela cita como exemplo o gabinete do prefeito e a Secretaria de Comunicação – esta que passará a ser Secretaria de Relações Institucionais após a reforma. Por outro lado, menciona que as secretarias de Desenvolvimento Social e de Educação necessitam de melhor estruturação.
Ainda conforme interlocutores, Bete definirá o voto na tarde desta quinta-feira, 9, após retirar as últimas dúvidas referentes ao texto na reunião.
Apesar da posição contrária dos vereadores do Novo e a incerteza do voto de Bete Eccel, a reforma deve ser aprovada sem maiores complicações para o governo municipal. O prefeito André Vechi possui ampla base de apoio na Câmara de Vereadores.
“O governo conta com mais de dez votos, sem o Novo e PT no radar”, afirma uma fonte do governo.
Vereadores da base disseram ao jornal O Município que acreditam que a reforma será aprovada com tranquilidade. Eles enxergam que o custo de R$ 1,9 milhão anual (aproximadamente R$ 150 mil por mês) é um impacto pequeno e que as mudanças propostas têm uma finalidade.
“São propostas positivas”, entende um deles. “Se fosse, por exemplo, mais dez diretores, mais dez coordenadores e mais cinco chefes, qual seria a finalidade? Não é isso, está ali [na proposta] dizendo para o que é [cada cargo]”.
Correção (09/01, às 17h58): anteriormente, foi informado que a reforma administrativa criaria “21 novas funções no Legislativo”. No entanto, estes novos cargos serão criados no poder Executivo (prefeitura) e não no Legislativo (Câmara de Vereadores), caso a reforma seja aprovada. O texto foi corrigido.
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