VÍDEO – Casa é destruída após deslizamento de terra no Jardim Maluche
Trecho fica às margens do rio Itajaí-Mirim
Trecho fica às margens do rio Itajaí-Mirim
Uma casa foi destruída neste domingo, 19, após um deslizamento de terra no bairro Jardim Maluche, em Brusque. O local fica às margens do rio Itajaí-Mirim, próximo à captação de água do Serviço do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae). A região já registrou outros desmoronamentos.
Recorrentes desmoronamentos têm sido registrados nas margens do trecho devido à passagem da água, agravada pela enchente de sexta-feira, 17, a terceira maior enchente da história de Brusque.
A casa fica localizada na rua Bartolomeu Pruner. Regis Arruda morava na casa com a esposa Ana Cláudia Lana e as filhas Laís Arruda da Silva e Beatriz Camargo. Eles viviam no local há 38 anos. Régis conta que o desabamento da casa aconteceu durante a madrugada deste domingo.
“Estávamos limpando a casa por causa da enchente de sexta. No sábado, fizemos um mutirão entre amigos e familiares. Limpamos todo barro que havia dentro da casa, então meu cunhado ouviu um barulho alto vindo do rio [como se estivesse próximo da casa]”, diz.
O parente havia olhado pela janela e questionado se o barranco ficava muito perto da casa, “eu respondi que ficava depois da cerca, aí ele falou, ‘mas que cerca?’. Então fui até a janela e vi que a distância estava muito curta. Aí ficamos assustados e tiramos todos os objetos da garagem”, conta Régis.
Ele ressalta que enquanto fazia a retirada dos pertences, acionou a Defesa Civil, porém, a resposta que obteve foi de que o órgão não poderia fazer as imagens de noite e que deveria aguardar até o período da manhã para uma melhor visualização do problema. “Eu falava: não, mas venham para ver como está, para ter uma avaliação profissional”.
Por volta das 4h de domingo, a família escutou estalos vindo do telhado da garagem. “E foi neste momento em que parte da cozinha da casa desabou. A partir daí entendemos que tudo estava desmoronando”, menciona.
A residência era do tipo bifamiliar, na parte da frente morava a sogra de Régis. Ele e a família ficavam aos fundos.
O imóvel da sogra também ficou interditado por causa da situação. No domingo, pela manhã, a Defesa Civil compareceu ao local para ver a situação. “Quando eles chegaram, ficaram apavorados, pois a situação era crítica”, conta o morador.
Os residentes foram informados de que poderiam buscar abrigo na Arena Multiuso ou auxílio de parentes. Foi mencionado também que eles poderiam entrar em contato com a prefeitura para solicitar um auxílio financeiro.
Desde o fato, Régis, Ana Paula e as duas filhas estão na casa de parentes no bairro Dom Joaquim. Para ajudar a família é possível realizar uma doação via Pix para o telefone: (47) 992577676, em nome de Régis Arruda.
Um fator que o morador aponta que possa ter causado o problema é a mudança do curso da água feito pelas obras na captação de água do Samae. O trecho em construção é o da margem esquerda da avenida Beira Rio, no bairro Jardim Maluche.
Devido às chuvas que caem sobre a região nos últimos meses, um deslizamento desmanchou parte do enrocamento da obra, que ocasionou em uma passagem que corta o fluxo de água captada pelo Samae.
O novo desvio da água fez com que o fluxo fosse direcionado para os terrenos em que a casa e outros espaços ficam localizados, causando assim uma erosão fluvial.
Para comprar novos móveis e pertences, Régis e a família estão aceitando doações solidárias. Em breve uma vaquinha on-line será criada. No momento, contribuições podem ser feitas pelo Pix em nome de Régis Arruda com a seguinte chave: 47992577676.
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