VÍDEO – Guard-rails são instalados em curva da rodovia Pedro Merisio, em Botuverá
Acidente no mesmo trecho tirou a vida de dois servidores da prefeitura em 2013
Acidente no mesmo trecho tirou a vida de dois servidores da prefeitura em 2013
O coordenador Regional de Infraestrutura do Vale do Itajaí, José Luiz Colombi, o Nene, postou uma imagem nas redes sociais em que mostra a colocação de ‘defensas metálicas’ (guard rail) em um ponto específico (KM-48) da rodovia Pedro Merisio (SC-486), que abrange Botuverá.
Buscando saber mais detalhes da ação, o jornal O Município conversou com a Prefeitura de Botuverá e com o próprio coordenador na manhã desta terça-feira, 17. Segundo informações cedidas, foi a prefeitura que solicitou a colocação das defensas.
“Foi um pedido nosso e também dos vereadores. O ponto específico onde foram instalados o guard rail se trata de uma curva e já registrou muitos acidentes. Esperamos que com as defensas metálicas dos dois lados os motoristas se sintam mais seguros”, disse Alcir Merizio, prefeito do município.
De acordo com Nene, a curva no local é famosa por ser perigosa. Segundo ele, mais de 40 veículos já capotaram no trecho, muitos acabaram caindo na ribanceira.
“O pedido para colocar guard rail no local é antigo, de anos. Como hoje temos condição e conhecimento para proporcionar isso, fizemos. A colocação aconteceu no sábado, 14. É tudo pela segurança”, disse o coordenador.
Ellen Martinenghi, de 22 anos, trabalha há três anos na confecção Alta Pressão, localizada há poucos metros do trecho da rodovia que recebeu os guard rails. Para ela, que também mora na localidade, a colocação das defensas é importante, porém, poderia vir acrescida de algo para baixar a velocidade dos motoristas que trafegam na rodovia.
“Já registrei vários acidentes. Vi uma vez um caminhão se perder e, a pouco tempo atrás, também vi uma mulher perder o controle do carro na subida. O guard rail traz um pouco de segurança, porém, acho que deveria ter algo para controlar a velocidade dos motoristas. Já quase fui atropelada no acostamento e agora há muitas crianças vivendo por aqui. É preciso ter muita atenção nessa curva”, diz Ellen.
No dia 22 de novembro de 2013, uma sexta-feira, duas pessoas acabaram morrendo em um acidente que aconteceu no mesmo trecho. Na ocasião, colidiram frontalmente um ônibus de excursão da empresa Volkmann, de Pomerode, e um GM Montana, da Prefeitura de Botuverá.
Inês Gianesini Merizio, secretária da Assistência Social de Botuverá e mulher do secretário Regional de Educação Moacir Merizio, e o motorista Marlon Cesari estavam no carro e morreram na hora.
Conforme informações fornecidas pela Polícia Militar na ocasião, o ônibus que transportava cerca de 30 crianças e professores estava a caminho da Caverna de Botuverá. O motorista do ônibus perdeu os freios enquanto descia a serra e colidiu de frente com a GM Montana que seguia para Brusque. O carro foi arrastado e acabou preso embaixo do ônibus, levando ambos a despencarem em uma ribanceira.
As crianças que estavam no ônibus escaparam apenas com ferimentos leves. Sete crianças e uma professora foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros Militar e levadas ao Hospital Azambuja. Após passarem por exames de raio X e avaliações clínicas, não apresentaram condições graves.
Para resgatar os ocupantes do carro, os bombeiros tiveram que cortar parte da carroceria. Além disso, um poste de fiação foi atingido, resultando na falta de energia elétrica em parte da cidade.
Naquela época, o prefeito da cidade era Nene, que compareceu ao local do acidente para oferecer apoio às vítimas. O trânsito permaneceu interrompido nos dois sentidos da rodovia até que os veículos fossem removidos.
Dialeto bergamasco falado em Botuverá pode ser extinto nas próximas décadas: