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VÍDEO – Operação que bloqueou R$ 1 bilhão originários do tráfico cumpre mandados no Vale do Itajaí

Cerca de 500 policiais participaram da operação

VÍDEO – Operação que bloqueou R$ 1 bilhão originários do tráfico cumpre mandados no Vale do Itajaí

Cerca de 500 policiais participaram da operação

A Polícia Federal, a Receita Federal e a Polícia Civil do Paraná deflagraram nesta quinta-feira, 4, a Operação Downfall, que visa reprimir e desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico internacional e interestadual de drogas com diversas ramificações no país. Em Santa Catarina, os mandados foram cumpridos em Balneário Camboriú, Itapema e Joinville.

Cerca de 350 policiais federais, 130 policiais civis e 25 auditores da Receita Federal participaram da operação. 30 mandados de prisão preventiva e 87 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos Estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Goiás e Espírito Santo.

Também foram decretadas medidas patrimoniais de sequestro de imóveis, bloqueio de bens e valores existentes nas contas bancárias e aplicações financeiras dos investigados, que totalizam um valor estimado de aproximadamente R$ 1 bilhão.

Investigações

De acordo com as investigações da Polícia Civil, a organização criminosa constituiu uma complexa estrutura logística para operacionalizar as ações de narcotráfico interestadual e internacional, que abrange desde a produção da droga no exterior, seu posterior ingresso e transporte no Brasil, distribuição interna, preparação e o envio dos carregamentos de cocaína para o exterior utilizando principalmente o modal marítimo.

Maior parte da droga movimentada pelo grupo tinha como destino os portos da Europa e, para isto, atuavam predominantemente na região do Porto de Paranaguá, no Paraná, local de onde exportavam grande quantidade de cocaína através da contaminação de contêineres, ocultação em cargas lícitas, em refrigeradores de contêineres, uso de mergulhadores para inserir a droga em compartimento submerso dos navios, entre outros métodos.

Segundo a Receita Federal, o líder da organização foi preso com documentos falsos, em setembro de 2021, quando tentava mudar de rosto em uma clínica de cirurgia plástica em São Paulo (SP). Ainda de acordo com a Receita, os autores também usavam os portos de Itajaí e Santos (SP).

Também foram identificadas diversas apreensões de carregamentos de cocaína vinculados a esta organização e, por meio de um trabalho conjunto entre a PF e Polícia Civil do Paraná, também foram realizadas prisões em flagrante e apreensões de droga no decorrer da investigação, totalizando aproximadamente 5,2 toneladas de cocaína.

Os lucros obtidos com essas atividades estavam sendo usados para subsidiar a ampliação da estrutura logística do grupo, mediante aquisição de aeronaves, barcos, empresas, imóveis, entre outros instrumentos destinados a fomentar a expansão das suas ações, além de armas de fogo e munições para intensificar o poderio bélico e a capacidade de intimidação em face de outros grupos criminosos.

Além do narcotráfico, alguns dos integrantes também estão envolvidos com outras práticas criminosas, como homicídios e tráfico de armas de fogo, munições e acessórios, que também eram fornecidas para subsidiar a guerra entre facções criminosas no litoral paranaense.

Receita Federal

Na Receita Federal, os trabalhos tiveram início após diversas apreensões ocorridas no porto de Paranaguá que tiveram início em 2017 e se intensificaram em 2019.

Descobriu-se que a quadrilha aliciava caminhoneiros para incluir pacotes de cocaína em cargas lícitas de exportadores que não sabiam da situação, utilizando o método conhecido como “rip-on/rip-off”. A movimentação da quadrilha foi um dos motivos para o ano de 2019 ter sido o período com recorde de apreensões de cocaína realizadas pela Receita Federal no porto paranaense.

Santa Catarina

As investigações também revelaram que lideranças dessa organização criminosa empregavam diversas metodologias para ocultar e dissimular a procedência ilícita dos ganhos financeiros e do patrimônio multimilionário constituído a partir dos crimes perpetrados.

Nesse contexto, apurou-se que o principal esquema financeiro para promover a lavagem do dinheiro proveniente do tráfico internacional de drogas era o investimento no setor imobiliário do litoral de Santa Catarina.

Os investimentos consistiam na aquisição de apartamentos de alto padrão e financiamento com o dinheiro ilícito para construção de empreendimentos imobiliários, o que era feito com a conivência de algumas construtoras e empresas do setor envolvidas no esquema criminoso e que foram alvos da ação desta quinta-feira.

Essas empresas são suspeitas de realizarem negócios jurídicos fraudulentos ou não declarados que foram custeados com recursos vindos do tráfico internacional, havendo indícios de que seus representantes tinham conhecimento da procedência ilícita dos valores que subsidiaram as transações. Também foi constatado pagamentos de imóveis de luxo com altas quantias de dinheiro em espécie sem a devida comunicação aos órgãos competentes.

Crimes e penas

Os investigados na operação responderão pelos crimes de organização criminosa, tráfico internacional de drogas e associação para fins de tráfico, com penas que podem chegar a 50 anos de reclusão, bem como pelo crime de lavagem de dinheiro, com penas que podem chegar a 10 anos de reclusão por cada ação.

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