Viés ideológico marca aulas inaugurais da UFSC em 2019
Aulas ideológicas
Só pelo título dado fica claro o viés ideológico da agenda desta semana das aulas magnas ou inaugurais na UFSC. E o contribuinte, ali, bancando hospedagem, passagem aérea e outras despesas dos “convidados” de discurso mais que feito e conhecido, com todo respeito à esquerda honesta intelectualmente que ainda temos. Além do ativista e coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores sem Teto, Guilherme Boulos, que dispensa apresentações, que fala amanhã no auditório da Reitoria, hoje pela manhã será a vez de Nilma Lino Gomes, da Universidade Federal de Minas Gerais, abordar “Ações afirmativas como estratégia de resistência em tempos de retrocesso” (?), na aula do programa de pós-graduação em Educação. Dia 21 será a vez do professor Ricardo Mariano, da USP, fazer a aula inaugural do programa de pós-graduação em Sociologia Política. Abordará “Religião e política no Brasil: ascensão da direita cristã”. Dá para imaginar se a maior universidade pública catarinense não tivesse em seu ideário o decantado “pluralismo”, em seu sentido mais amplo, mas principalmente de ideias. Universidade que por seu viés ideológico radical e inconsequente, de anos a fio, não procura e nem quer saber porque boa parte da população catarinense lhe devota merecida indiferença e uma hostilidade e isolamento crescente. Virou como que um gueto.
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Consumidor
Até a última sexta-feira, 15, Dia Mundial do Consumidor, haviam 125.484 mil processos em tramitação no Judiciário catarinense relacionados a conflitos de consumo. O número corresponde a 5% do total em andamento – que é de estratosféricos 2.584.634. Comparado ao mesmo período do ano passado, as ações tiveram uma queda de 5,6%. Em março de 2018, eram 132.886 mil. Apesar de mais expressivo, somavam os mesmos 5% do total – 2.756.697 milhões. Entre os assuntos mais recorrentes estão: inclusão indevida em cadastro de inadimplentes, indenização por dano moral, seguro, revisão de contrato e telefonia.
Fantasma
“Atividade parlamentar externa”. Essa é a engenhosa rubrica que aparece em atos de nomeações na Assembleia Legislativa quando o beneficiado fica dispensado de bater ponto, como o ex-deputado estadual Dóia Guglielmi. Desnecessário dizer que tais pessoas – ex-deputados e ex-prefeitos derrotados em eleições recentes e sedentos por uma sinecura bem remunerada – se tornam fantasmas, literalmente. E o otário do contribuinte ali, bancando a malandragem. Até quando?
Toga
Dos três senadores de SC só Esperidião Amin (PP) assinou até agora o requerimento para criação da CPI da Lava Toga, para investigar ministros de cortes superiores, especialmente os do Supremo Tribunal Federal, hoje símbolos da antipatia nacional, com suas arrogâncias, prepotências e privilégios, muitos e odiosos e inimagináveis privilégios. As 27 assinaturas necessárias já foram conseguidas.
Epitáfio
O procurador da República em Joinville e cantor independente Mario Ghanna ganhou as redes sociais ao escrever um “epitáfio” da Operação Lava Jato após o Supremo Tribunal Federal decidir que a Justiça Eleitoral deve julgar crimes comuns, inclusive corrupção e lavagem de dinheiro, quando conexos a crimes eleitorais, como o caixa 2. Lógico, o STF quebrou um pé da Lava Jato. “Aqui jaz a Lava Jato, assassinada covardemente pelo grupo que ela mesma desafiou em vida”, escreveu, acrescentando que “os executores, sob o véu da ilusão, iludiram o golpe ao transformá-lo em decisão aparentemente de caráter técnico, aproveitando-se do desconhecimento das principais vítimas, o povo brasileiro. Os mandantes permaneceram e permanecerão escondidos. Seriam os próximos alvo da força-tarefa”. Ghanna é procurador há 14 anos, com atuação na área criminal. Fora das trincheiras jurídicas, se descontrai fazendo música e compondo. Uma figura ímpar, se diz em Joinville. E com talento. Tanto que já foi indicado ao Grammy Latino, prêmio Multishow de música e prêmio de Música Catarinense.
Gestão em saúde
É evidente a falta de profissionalização na saúde pública do estado, setor que apenas nos dois primeiros meses do ano teve empenhados R$ 740 milhões. É tanto dinheiro que começou uma operação pente-fino. Um exemplo do fosso na gestão continua vivíssimo. É o incrível fenômeno chamado “ambulancioterapia”, o impressionante desfile diário de dezenas de ambulâncias pelas BRs 101 e 282 em direção a hospitais e clínicas de Florianópolis. Chegam a se enfileirar na entrada da Ilha de SC pela Via Expressa.
Faça como…
Tão pródiga em penalizar quem foge da linha, a Justiça Federal em Itajaí não se olha no espelho. O vereador local Thiago Morastoni (MDB) diz que na nova sede da instituição, na Praia Brava, não há acessibilidade para portadores de deficiência, fica distante de ciclovias, não conta com banheiro próximo para visitantes e não tem estacionamento gratuito.
Sem aparelhamento
Fora do alcance de câmeras e microfones, o presidente Jair Bolsonaro foi informado, anteontem, ao receber pequeno grupo de reitores da Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe) que ao contrário das universidades federais, sabidamente aparelhadas politicamente nos governos do PT, o sistema comunitário, como é o de SC, não tem a vinculação, já que atua em diferentes municípios com prefeitos dos mais diversos partidos, que não ousam fazer maior ingerência. Bolsonaro ficou tão entusiasmado que prometeu agendar uma visita a uma ou mais instituições catarinenses assim que for possível.
Gestão compartilhada
A tragédia na escola de Suzano levou o governo de SC a começar a estudar a possibilidade de implantar na rede pública de ensino a gestão compartilhada, a exemplo do que já ocorre em Brasília. O modelo permite que enquanto professores, diretores e orientadores exerçam suas competências com autonomia e foco na parte pedagógica, os militares da reserva ou reformados coordenam a área burocrática, trabalhando conceitos de ética e cidadania, disciplina, segurança interna e promoção de atividades voltadas para a musicalização e o esporte durante o contraturno.
Drogas
Assunto lamentavelmente pouco difundido na mídia catarinense: o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) completa hoje 21 anos em SC, com mais de um milhão de estudantes abrangidos por suas palestras e ações de prevenção ao uso de entorpecentes. Certamente nossos presídios estariam mais cheios ainda se não fosse ele.
Pai do Real
O auditório da Associação Catarinense de Medicina ficou lotadíssimo, anteontem, no 4º Fórum Liberdade e Democracia para ouvir o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco remontar a história brasileira desde o Plano Real, do qual foi um dos idealizadores e comparar a inflação a uma droga ilegítima. E atacou o que chamou de “Custo Dilma Rousseff”.
Municípios
O estudo do Tribunal de Contas do Estado, de 2017, que apontou 105 municípios com menos de 5 mil habitantes sem renda mínima para se sustentar, com a conta de R$ 1 bilhão por ano mandada para o contribuinte, começou a causar certo alarme. Lógico que não vai haver extinção ou fusão de nenhum deles, como se propaga. Mas o relatório já serviu para provocar uma sadia discussão sobre alternativas de tirá-los de um estado quase parasitário, melhorando as receitas e cortando as despesas. Todas bem vindas, desde que não seja pela forma mais fácil: aumentar impostos.
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Mulher que bateu em poste e interditou a BR-470 estava embriagada
Pena leve
A 4ª Câmara Criminal do TJ-SC confirmou condenação de motorista que, em 2007, embriagado e em alta velocidade, disputando um racha, provocou acidente que resultou na morte de três pessoas na BR-470, em Gaspar. Foi sentenciado a apenas sete anos, dois meses e 12 dias de reclusão, além de seis meses de detenção, em regime semiaberto. Perguntar não ofende: é isso que se chama justiça?
Autossuficiente
O campus da Univali em Biguaçu, comemora uma conquista notável: é o primeiro do Brasil a gerar 100% de sua energia. Sua usina, de 596 painéis fotovoltaicos em área de mais de 1.000m², tem potência instalada capaz de sustentar 1.400 lâmpadas fluorescentes, o sistema de condicionadores de ar e todos os demais equipamentos que utilizam energia elétrica.
Previdência
O senador Esperidião Amin(PP-SC) que tem dado declarações explicitas a favor da reforma da Previdência, foi escolhido para integrar a comissão especial destinada ao acompanhamento da tramitação do projeto na Câmara dos Deputados. Tem nove titulares e nove suplentes, tendo os senadores Otto Alencar (PSD-BA) como presidente e Tasso Jereissati (PSDB-CE) como relator.