Vírus difundidos nas redes sociais causam danos aos usuários
Além de danificar equipamentos, arquivos maliciosos também 'sequestram' e criptografam dados
Além de danificar equipamentos, arquivos maliciosos também 'sequestram' e criptografam dados
Nos últimos 12 meses, o índice de ciberataques por meio de vírus cresceu de forma alarmante. Há poucas semanas, uma falsa promoção da companhia aérea Gol induzia as pessoas a clicarem em um link que contaminava os equipamentos. A situação preocupou os usuários, até porque muitas variantes do vírus ransomware utilizam de um recurso de segurança nativo dos computadores para “sequestrar” os dados.
O sócio-proprietário da Univer Soluções Tecnológicas e Informática, Luciano Quintino, diz que os vírus se espalham rapidamente. “Se analisar a fundo o que acontece a cada segundo é de se desesperar, porque nascem novos e novos e novos”.
Quintino ressalta que, geralmente, os ataques ocorrem quando o usuário não tem familiaridade com as tecnologias.
O sócio da Acimit Solutions, Alessandro Caetano, afirma que cerca de 80% dos brasileiros acreditam no que veem nas redes sociais, e muitas delas contêm arquivos maliciosos. “O vírus não está na rede social, no Facebook, Instagram ou WhatsApp. Alguém publica alguma coisa e ao clicar, é direcionado para outras páginas que podem ter vírus ou algum ataque”, explica.
Por isso, ele orienta às pessoas a ficarem atentas ao que veem na internet. “Sempre quando for algo bom demais para ser verdade, desconfie”, diz Caetano.
Segundo o especialista em segurança da informação, Ronan Takahashi, da fabricante de antivírus Bitdefender, distribuidor Securisoft, a criptografia – um recurso criado para proteger arquivos importantes -, é utilizado de forma maliciosa pelo vírus, bloqueando o acesso aos dados do usuário e cobrando um resgate da vitima.
No Brasil milhares de empresas já foram afetadas por esse tipo de vírus. Wannacry, Ptaya e BadRabbit são alguns dos nomes que ficaram famosos nos últimos meses. Em Brusque, diversas empresas sofreram ataques neste ano e tiveram seus dados criptografados. “Mesmo que a vítima não pague o resgate, o tempo gasto para reestruturar o ambiente e os dados perdidos, torna difícil estimar o prejuízo organizacional”, explica Takahashi
Dicas de segurança
Quintino conta que, dependendo do tipo de vírus, pode ocorrer até mesmo a perda do equipamento, pois pode danificar a placa do computador ou ocorrer o sequestro dos dados, com a exposição de fotos e informações pessoais do usuário.
“Por isso, faço um apelo para que os equipamentos tenham algum nível de proteção. É muito importante ter disciplina ao utilizar um equipamento”, diz.
Além de uma política de conscientização aos usuários, Takahashi diz que é importante que os usuários não executem arquivos desconhecidos. A indicação dele também é de criar senhas mais complexas e limitar o acesso a permissões para usuários comuns. “É indispensável o uso de uma ferramenta de antivírus atualizada e apta a identificar estas ameaças”, ressalta.