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Vôlei adaptado vira ferramenta para acompanhamento da saúde no São Luiz

Partidas integram profissionais de diferentes áreas e moradores do bairro

A prática esportiva tem sido uma aliada na identificação e prevenção de doenças no bairro São Luiz. O ginásio de esportes é utilizado há mais de três meses para partidas de vôlei adaptado, ação semelhante ao que ocorre na Arena Brusque, mas com o foco na saúde.

São cerca de oito jogadores regulares, segundo estimativa do instrutor e profissional de Educação Física, Gerri Rosa. Para completar as equipes, são usados profissionais de diferentes áreas da Saúde. A participação não é só esportiva. Eles aproveitam a proximidade para apresentação de palestras e orientações direcionadas a temas indicados pelos moradores.

Além da atuação de agentes de saúde, profissionais de fisioterapia, enfermagem, nutrição, psicologia e fonoaudiologia acompanham os indicadores e hábitos dos jogadores. O projeto no bairro é coordenado pela unidade do Núcleos Ampliado de Saúde da Família (Nasf).

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Na avaliação de Rosa, o trabalho poderia ser adaptado para realidade de outros bairros da cidade e serve de um estímulo a uma rotina mais saudável e com atenção à saúde. “Aqui não estamos para competir. Nosso objetivo não é esse, é ter esse espaço de saúde. Todos são bem-vindos.”

Outro papel destacado por ele no projeto é a inclusão e interação entre os moradores do bairro. Com a socialização, afirma, é possível fazer o controle de pressão, indicação de opções de terapias, conferência de medicamentos e rotina de acompanhamento da saúde individual.

Continuidade
Mesmo com o foco, moradores de pontos próximos ao São Luiz, como o Centro, também participam das partidas. Para o próximo ano, Rosa pretende ampliar os momentos de integração.

Ele destaca o papel das agentes comunitárias no acompanhamento contínuo dos moradores e no convite às pessoas que possam ser beneficiadas com o projeto. Entre as preocupações mais recorrentes na área da saúde, o instrutor indica os casos de obesidade e  diabetes no município. “A ideia é tentar trazer essas pessoas para praticar uma atividade física.”

De acordo com o instrutor, a tendência é que a iniciativa seja debatida para se adaptar melhor às necessidades do bairro. Uma revisão do horário não é descartada, para estimular um número maior de participantes. Hoje, os jogos ocorrem às quinta- feiras, a partir das 10h.

Vitalidade acima dos 70
As idades dos jogadores variam bastante. A mais nova possui 14 anos, enquanto os mais experientes passam dos 70. Apesar da idade, Eno Misfeldt, 72, é frequentador regular das partidas de vôlei adaptado. Viu na modalidade uma forma de se manter na ativo, após ter mantido o futebol como hobby durante a maior parte da vida.

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Além de indicar a prática esportiva como uma forma de se manter ativo e em contato com as pessoas do bairro, destaca o papel das partidas no controle de uma trombose diagnosticada na perna direita.

Antes de começar a frequentar o ginásio do bairro, ele chegou a frequentar a Arena Brusque, no Centro. A mudança veio pela praticidade e possibilidade de ter mais tempo de jogo. Outro benefício destacado por ele é a atenção do projeto, menos voltado à competição. “O local que mais gosto de jogar é aqui. É bem melhor e todos se conhecem. Dá para jogar e brincar.”

Agende-se
Onde: Ginásio de Esportes do São Luiz
Quando: Quintas-feiras, a partir das 10h
O que precisa: Roupas e calçados confortáveis
Mais informações: Unidade Básica de Saúde do São Luiz (3351-7074)