21ª Gincônsul é encerrada com shows de alunos e decisão do título
Estudantes e famílias investem esforço e dinheiro em performances artísticas e culturais
Estudantes e famílias investem esforço e dinheiro em performances artísticas e culturais
Depois de ter sido aberta em 21 de maio, a 21ª Gincana do Colégio Cônsul Carlos Renaux (Gincônsul) chegou ao fim nesta sexta-feira, 13, em um dia marcado pelas provas finais das três equipes participantes: Akhenaton, Mexicali e Cabras da Pexte. Foram diversas provas culturais, esportivas e sociais que definiram as pontuações, exigindo investimento físico e financeiro de alunos e pais, dedicados a saírem com o título no que foi uma festa de integração e rivalidade sadia. “Adversários, não inimigos”, era o que se dizia no ginásio da escola por todas as partes.
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Os jurados convidados tiveram a responsabilidade de avaliar a performance das três equipes – cada qual formada por uma turma de cada ano, do 6º do Ensino Fundamental ao 3º do Ensino Médio – em uma sequência de provas: pinturas em tela homenageando o centenário do Clube Esportivo Paysandú, painéis com a temática da gincana (esporte, ética e educação), vídeos contando o que cada equipe fez durante a gincana, fotografias temáticas da Copa do Mundo, o concurso de Gata e Gato do colégio, apresentação de mascote, entre outras.
A grande atração da noite que contagiou as quase mil pessoas presentes foi a prova chamada “Linha do Tempo”. Nela, cada equipe dividia sua equipe em três partes: 6º e 7º ano; 8º e 9º ano e Ensino Médio. Cabia então a cada uma das partes elaborar e apresentar números musicais contando um pouco da história de sua banda ou de seu músico preferido. Eram avaliados figurino, lipsync (a sincronia labial da canção cantada com a dos alunos que representavam os músicos), coreografia e interpretação teatral.
Desta forma, a Akhenaton apostou em Beyoncé, a Cabras da Pexte em Madonna e a Mexicali em Bruno Mars. Os alunos, entre 10 e 17 anos, roubaram a cena com atuações memoráveis, bem humoradas e emocionantes, representando cada geração de seus artistas favoritos com suas músicas mais famosas de cada época.
No caso das divas pop, os times fizeram questão de destacar o protagonismo e o empoderamento feminino, em apresentações com pitadas de crítica ao machismo. Três alunas interpretaram Madonna, três alunas interpretaram Beyoncé, e, surpreendentemente uma única aluna foi Bruno Mars e roubou a cena: Maria Cristina Benvenutti Testoni.
A garota de 16 anos faz aulas de teatro desde 2016 e impressionou os jurados e o público presente com interpretações cheias de energia e emoção, em hits como The Lazy Song, Treasure, Uptown Funk, 24K Magic, Finesse e Just The Way You Are.
A surpresa foi que, enquanto cada parte da turma tinha seus dançarinos e sua cantora principal, o elenco da Mexicali mudava após cada apresentação, e a única exceção era a estudante do 2º ano do Ensino Médio. Trazer Bruno Mars para a equipe Mexicali foi ideia de Maria e de sua amiga Gabriella Luebckep.
Após números apresentados pelas três equipes, foram apresentados com mais dança e música os mascotes das equipes e foram escolhidos a Gata e o Gato do colégio, em provas que também rendiam pontos. Ao fim da noite, após a contagem dos pontos das últimas provas, foi anunciado o vencedor: a equipe Cabras da Pexte faturou o título com 7600 pontos, com um desempenho competitivo e uma torcida incansável que fez a festa no ginásio da escola.
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Apesar de ter deixado a 21ª Gincônsul na terceira e última posição, Maria esteve longe de ficar decepcionada ou triste. Sabia que seria difícil, reconheceu o desempenho dos campeões e pôde comemorar por motivos além da importante competição.
“Estou no colégio há 12 anos. Ganhei a gincana uma vez, quando eu estava no 6º ano. Foi uma participação muito boa desta vez. A união da equipe foi diferente. Nos nossos corações, ganhamos. Fiz amizades em todas as turmas da equipe, com meninas de todas as partes das coreografias. Foi excepcional”, declarou enquanto recebia parabéns de professores, amigos e até de desconhecidos pelo desempenho. Os orgulhosos pais, Marcelo e Barla, também receberam os elogios pela filha.
O diretor Otto Hermann Grimm destaca que apesar de a competição em si ser extremamente importante, a questão dos valores de integração, ética e respeito transmitidos aos alunos é essencial.
“A gincana tem esse papel de integrar. Os alunos, em diferentes contextos, podem apresentar suas habilidades, não só sobre o estudo, mas de forma artística e cultural. As equipes entram para vencer, mas já existe esta cultura de que não se deve desgastar amizades em função da competição. Pelo contrário, é fortalecer.”
As equipes
Akhenaton: uma temática do Egito antigo, inspirada nos deuses desta civilização. Seu mascote é Bastet, a deusa-gata protetora das mulheres.
Mexicali: a equipe apostou nos temas mexicanos, especialmente na chamada Festa dos Mortos. Seu mascote é um estiloso esqueleto mexicano, vestido e pintado a caráter.
Cabras da Pexte: o time campeão é baseado em temas nordestinos, como sugere a gíria “cabra”. O mascote é uma cabra pirata, apresentada após um grande número com música tradicional nordestina, como o frevo, e até bonecos de Olinda homenageando professores.
Classificação final
1º: Cabras da Pexte – 7600 pontos
2º: Akhenaton – 7430 pontos
3º: Mexicali – 7090 pontos
Ações sociais
Provas valiosas da Gincônsul são as solidárias, nas quais os participantes unem forças ao longo das semanas para juntar a maior quantidade possível de roupas, livros e alimentos para doação a escolas e entidades carentes da região, como a Apae, o Lar Menino de Deus, asilos, comunidades luteranas, entre outras.
De acordo com o professor Gerson Luiz Morelli, o Keka, membro da comissão organizadora da Gincana, foram arrecadadas quase 48 mil peças de roupa, 3,64 toneladas de comida e mais de 3 mil livros.
Houve também a prova “Amigo Velho”, na qual as equipes montaram um videoclipe da canção Amigo Velho, do grupo Falamansa, com imagens de visitas das equipes em asilos, onde puderam conhecer brincar e interagir com os idosos moradores.