“A nova sede do Legislativo é uma necessidade”, diz presidente da Câmara de Brusque
Jean Dalmolin exercerá função de presidente da Câmara por mais dois anos
Jean Dalmolin exercerá função de presidente da Câmara por mais dois anos
Reeleito presidente da Câmara de Brusque em 1º de janeiro, o vereador Jean Dalmolin (Republicanos) terá mais dois anos de mandato no comando do Legislativo. O parlamentar considera que a nova sede da Câmara é uma necessidade e pretende tirar o projeto do papel.
O assunto não é de hoje. Há alguns anos, os vereadores vêm relatando a necessidade de ampliação da sede do Legislativo. Para eles, o atual espaço é desconfortável para atender a comunidade e realizar os trabalhos do dia a dia. Alguns gabinetes são divididos por dois parlamentares.
“A nova sede do Legislativo é uma necessidade, tanto pelo conforto para a população quanto para quem trabalha. No atual espaço, há salas sem janelas e sem iluminação natural. Os gabinetes são apertados, alguns têm dois vereadores dentro”, afirma Dalmolin.
Segundo o presidente da Câmara, há parlamentares e servidores que defendem a ampliação do atual espaço, que ocuparia o estacionamento do prédio. Em 2023, a prefeitura cedeu o terreno para a ampliação do Legislativo.
No entanto, ainda conforme Dalmolin, há outras pessoas que acreditam que o ideal seria mudar a sede para outro endereço, o que afastaria o espaço do Legislativo dos demais poderes, Executivo e Judiciário.
O vereador afirma que o prédio da Câmara pertence à prefeitura e considera que, caso a decisão de deixar a atual sede seja tomada, o Executivo faria um bom uso do espaço.
Na última legislatura, a Câmara criou o cargo de assessor parlamentar. A partir disso, cada vereador poderia nomear alguém de confiança para assessorá-lo nas atividades diárias. A criação do cargo gerou protestos de entidades locais na época. Dalmolin entende que o cargo pôde ser aproveitado para qualificar o trabalho dos vereadores.
“Observamos cidades menores que Brusque, como Gaspar, em que o vereador tem um assessor. Foi ótimo ter aprovado essa demanda. O assessor foi um benefício que trouxemos para a população. Oferecemos uma qualidade de atendimento diferente para as pessoas que procuram a Câmara. Agora, temos tempo para ‘pegar a estrada’”.
A Escola do Legislativo teve pouca efetividade desde a criação. O projeto, que visa capacitar servidores, passou a existir após a reforma administrativa proposta pelo então presidente da Câmara, André Vechi, hoje prefeito de Brusque.
Uma reportagem do jornal O Município publicada em março de 2024 aponta que o projeto não havia realizado nenhum evento até aquela data, após mais de um ano criado. Pouco tempo depois, em maio, a Escola do Legislativo recebeu um workshop sobre legislação eleitoral.
“Como hoje já há o trabalho ‘Alunos no Legislativo’, podemos tentar integrar a Escola no Legislativo junto ao setor de comunicação. Quando tivermos trocas de assessores, poderemos garantir a continuidade dos trabalhos com efetivos auxiliando [na preparação]. Caso contrário, o trabalho não anda”, propõe Jean Dalmolin.
Durante os oito meses de mandato, o vereador anunciou a criação do programa Gabinete Aberto. Ele pretende continuar com o projeto durante o mandato renovado. Todas as quartas, os cidadãos podem ir até a Câmara apresentar as demandas ao presidente, sem necessidade de agendamento, entre 14h e 17h.
Jean Dalmolin iniciou o mandato na Câmara de Brusque em janeiro de 2021. No ano anterior, ele havia sido eleito com 734 votos, o último dos candidatos a vereador a garantir uma cadeira na Câmara. Em abril de 2024, após a renúncia do então presidente Cacá Tavares (Podemos), Jean Dalmolin assumiu o Legislativo.
Em outubro, ele concorreu novamente a uma vaga na Câmara. Desta vez, foi eleito com uma quantidade de votos superior à eleição anterior. Dalmolin recebeu 1.252 votos, o sexto parlamentar eleito mais votado.
Diversos vereadores estavam interessados na presidência da Câmara após o resultado das urnas. No entanto, Jean Dalmolin conseguiu o apoio do prefeito André Vechi (PL) e os votos necessários para seguir no cargo por mais dois anos. Ele foi candidato único e reeleito presidente com 15 votos, unanimidade.
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